Bolsa do Paraná tem dia tenso
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terça-feira, 28 de outubro de 1997
Carmem Murara Curitiba
A Bolsa de Valores do Paraná sentiu ontem os efeitos da queda nas Bolsas de Valores em todo o mundo. Apesar de não ter um índice de fechamento, que determina alta ou queda nas cotações das ações, foi um dia marcado pela tensão. O nervosismo foi muito maior do que ontem (segunda-feira), pois tivemos muita oscilação, enquanto na segunda-feira houve uma queda constante, avaliou ontem o presidente da Bolsa paranaense, Abílio Peixoto Neto.
A maior correria em Curitiba foi das corretoras, que negociam na Bovespa. Segundo Peixoto, 6,5% de tudo o que é comercializado na Bolsa paulista é de empresas domiciliadas no Paraná. Os corretores passaram o dia de ontem no telefone, acompanhando os constantes índices de alta e queda. Na metada da tarde, a Bovespa chegou a registrar um aumento de 4,5%. O fechamento do pregão estava marcado para as 18h30.
A orientação do presidente da Bolsa de Valores do Paraná é para que os investidores não se precipitem. Não é hora de vender nem de comprar ações. Estamos no meio de uma tempestade de verão, que vai passar, garantiu Abílio Peixoto. Ele acha que não havia razão para as Bolsas caírem em todo o mundo apenas porque houve queda nos países asiáticos. Peixoto disse que a crise só atingiu o restante do mundo devido a fatores emocionais.