A direção do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana considerou que a venda do Banestado saiu de graça para o Itaú. Para o secretário de imprensa do sindicato, Roberto von der Osten, o banco é beneficiado pelos créditos tributários, que, de acordo com ele, vão permitir que o Itaú desconte até R$ 1,6 bilhão no Imposto de Renda.
Os créditos tributários são débitos que o governo federal tem junto aos bancos, que só podem ser descontados do Imposto de Renda quando a instituição financeira tem lucro. O presidente do sindicato, José Daniel Farias, acredita que Itaú poderá abater esses créditos junto a Receita Federal dentro de no máximo 10 anos. Com isso, o banco zeraria os investimentos feitos na compra do banco paranaense.
Farias afirmou ainda que o valor mínimo fixado pelo governo do Estado está sendo questionado na Justiça, onde o sindicato pretende provar que houve subvalorização e, por isso, dilapidação do patrimônio estadual. ‘‘O mérito desse processo ainda vai ser julgado’’, afirmou. Caso a Justiça se posicione favorável, o sindicato pretende processar por crime de responsabilidade o governador Jaime Lerner e o secretário Giovani Gionédis. (Israel Reinstein)