Bancários e petroleiros, categorias ainda em negociação salarial em nível nacional, devem recorrer à greve para tentar melhorar as contrapropostas patronais de reajuste. As duas categorias, cujas negociações servem de base para as demais, tiveram data-base em 1º de setembro. Mas até o momento, após várias rodadas de negociação, não conseguiram chegar a um acordo com os patrões.
Os bancários reivindicam reajuste de 6,71%, correspondente à variação acumulada do Índice do Custo de Vida (ICV), do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio Econômica - Dieese, entre 1º de setembro de 1996 e 30 de agosto deste ano, mais o resíduo da inflação de 1996, de 3,14%, e o aumento por produtividade, de 11,63%. A categoria quer também a distribuição de 25% do lucro bruto dos bancos entre os trabalhadores. Os bancos oferecem 4% de reajuste e abono de R$ 281,00 mais 60% do salário, a título de divisão dos lucros.
Cerca de 1.200 dirigentes dos sindicatos dos bancários de todo o País, reunidos em São Paulo na sexta-feira, aprovaram a paralisação da categoria a partir de quarta-feira. A greve terá caráter nacional, mas cada sindicato decidirá quais agências deverão parar em suas cidades.
Os petroleiros, por sua vez, estão realizando assembléias regionais para decidir sobre a possibilidade de fazer greve de 24 horas em 6 de novembro. A categoria quer a reposição de perdas salariais pelo ICV do Dieese, de 6,71%, mais 20% de produtividade. A Petrobrás está oferecendo 3% de reajuste salarial e propõe a compensação das horas extras com folga.