São Paulo - O aumento dos alimentos continua pressionando os índices de preços neste mês. Estes produtos estão sendo influenciados pela alta do dólar nas últimas semanas. Na terceira quadrissemana de julho, o Índice de Preços no Varejo (IPV), medido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) registrou alta de 1,27% e o segmento de alimentos, um dos mais importantes do índice, subiu 2,12%.
A elevação do IPV no período não estava prevista pela Fecomercio, que esperava um ligeiro recuo, uma vez que nas comparações semanais o índice vinha perdendo fôlego. Mas as indicações são de nova retomada de alta, pois as comparações ponta a ponta (terceira semana de julho contra terceira de junho) e semanal (terceira semana contra segunda de julho) sinalizam altas de 1,79% e 0,47%, respectivamente. Por isso, o mês pode fechar com uma elevação de 1,5%.
Além dos alimentos, os produtos de limpeza doméstica também estão em uma fase de alta, saindo de -0,95% no período anterior para 0,17% agora e com variação de 3,11% no ponta a ponta. Desta forma, o grupo de não-duráveis registrou variação de 1,57% e só não subirá mais nas próximas semanas porque o segmento de produtos farmacêuticos está em baixa de 4,49% e deve continuar assim mais alguns dias.
O IPV também está sendo pressionado pelo setor de semiduráveis. O grupo registrou elevação de 1,95%, mostrando uma estabilidade do ritmo de alta - na segunda quadrissemana, a variação tinha sido de 1,99%.