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Economia 5m de leitura

Aumento do desemprego e queda do poder de compra preocupam na região Sul

Percepção da população segue tendência de pessimismo registrada nas pesquisas anteriores do Radar Febraban

ATUALIZAÇÃO
17 de setembro de 2021

Reportagem local
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Mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a análise de especialistas que mostram otimismo com o crescimento da economia em 5%, mesmo faltando 4 meses para o final do ano, a opinião pública do Sul segue preocupada com a recuperação da economia, segundo pesquisa do Radar Febraban para a região.

Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE)
 

Os dados revelam que 65% dos que vivem na região acreditam que a economia só vai se recuperar a partir de 2022. Em junho, esse percentual era praticamente o mesmo, 67%. 

Para 49%, o poder de compra vai encolher nos próximos seis meses. Em junho, essa avaliação era compartilhada por 51% das pessoas.

Um indicador que registrou elevação considerável foi a expectativa sobre o aumento do desemprego (57% hoje, era de 49% em junho). 

Essas são algumas das principais conclusões da nova pesquisa para a região Sul, realizada entre os dias 2 e 7 de setembro pelo IPESPE, que ouviu 3 mil pessoas, maiores de 18 anos, em todo o país. A pesquisa se soma ao 

Observatório FEBRABAN e à FEBRABAN News, criados em 2020, como instrumentos para estreitar o diálogo do setor bancário com os brasileiros, tornando-se polo de notícias, conteúdo e ponto de encontro de debate.

O número daqueles que aguardam a recuperação financeira da família apenas em 2022 passou de 54% (junho) para 52% (setembro). A parcela dos que achavam que essa situação iria melhorar ainda este ano segue a mesma verificada no levantamento anterior (20%). 

Um indicador que registrou queda foi o número de entrevistados que acreditam num aumento da taxa de juros no próximo semestre: 71%, contra 73% verificados em junho. 

A pesquisa mostra que 33% acreditam no aumento do acesso ao crédito para pessoas físicas e empresas. 

CONTRIBUIÇÃO DOS BANCOS

Além da avaliação da economia e do consumo, o Radar Febraban verificou a opinião pública sobre a imagem dos bancos e sua cobertura pela imprensa. “A credibilidade no setor bancário alcançou os patamares mais elevados de opinião positiva desde o início da série histórica do estudo: confiança nos bancos; satisfação com o atendimento bancário; avaliação positiva da contribuição dos bancos para o desenvolvimento da economia, a ajuda ao país, à sociedade e aos clientes no enfrentamento da pandemia, a geração de empregos, e a melhora da qualidade de vida das pessoas”, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa. 

A confiança da região nos bancos é de 59%. A população considera positiva a contribuição dos bancos para o desenvolvimento da economia (53%), geração de empregos (53%), qualidade de vida (47%) e enfrentamento da crise do novo coronavírus (55%). A satisfação com o atendimento dos bancos alcança 67%.

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