Os mercados de ações, de câmbio e de juros reagem mal aos primeiros resultados do esperado leilão da cessão onerosa. Analistas classificam o certame como "esvaziado" diante do fato de Petrobras levar 90% do campo mais promissor, Búzios, e de levar sozinha a segunda área já leiloada, Itapu. Já o campo de Sépia não recebeu nenhuma oferta. A última área, Atapu, ainda era leiloada antes do fechamento deste texto

Considerada a mais promissora, a área de Búzios foi arrematada pela Petrobras e por seus parceiros chineses CNOOC e CNODC, que entraram com 5% cada um. Esse consórcio foi o único a apresentar oferta pela área. Búzios foi arrematado sem ágio e bônus de assinatura de R$ 68,194 bilhões. A petroleira brasileira levou o campo de Itapu com lucro-óleo de 18,15% e bônus de R$ 1,76 bilhão.

Assim que saiu o resultado do leilão de Búzios, a PN da petroleira entrou em leilão, e o contrato para dezembro do dólar no mercado futuro, também.

Na volta dos negócios, o dólar futuro foi à máxima a R$ 4,07 ante R$ 3,9825 na mínima intraday. A PN da Petrobras voltou em queda de 3%, marcando mínima intraday a R$ 28,10 ante R$ 30,70 na máxima intraday.

O Ibovespa despencou mais de 2 mil pontos da máxima intraday (novo recorde a 109.633 pontos) até marcar a mínima do dia a 107.587 pontos em queda de 1,04%. Em Nova York, o American Depositary Receipt (ADR) da Petrobras, que subia mais cedo, também virou nos negócios do pré-mercado.

Às 11h33, o ADR da petrolífera brasileira em NY caía 4,77%. Perto desse horário, o Ibovespa recuava 1,01% aos 107.622 pontos. O dólar à vista subia 2,06% aos R$ 4,0761. O contrato para dezembro do dólar também subia 2,04% e valia R$ 4,082.

No mercado de juros futuros, a reação levou mais tempo. Mas as taxas viraram do viés de baixa preponderante desde a abertura. No horário acima, o DI para janeiro de 2023 marcava 5,57% ante 5,60% na máxima intraday e 5,47% no ajuste de ontem.