Com a missão de ajudar a articular as forças produtivas e o poder público, os World Trade Centers (WTC) Curitiba, Joinville e Porto Alegre estão reforçando ações para potencializar a internacionalização de negócios do ecossistema empresarial e econômico dos três estados da Região Sul. Parte desse esforço foi o primeiro Seminário de Negócios Internacionais do Paraná, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que reuniu 17 experts em internacionalização de empresas, serviços e produtos paranaenses, além de representantes do governo municipal, estadual e federal, da indústria e de agências de fomento. O evento foi encerrado com um almoço, com a presença de convidados e integrantes do clube de negócios, recebidos pela presidente, a executiva Daniella Abreu, no Nooma Hotel, em Curitiba.

Imagem ilustrativa da imagem Articulação entre ecossistemas é fundamental para internacionalizar negócios
| Foto: Valterci Santos/Divulgação

“Nosso objetivo central é explorar o potencial de negócios internacionais do Sul do Brasil. Para isso, oferecemos a rede do World Trade Centers Association (WTCA) – com associados presentes em mais de 320 escritórios pelo mundo – para abrir as portas aos atores do setor produtivo, governos e instituições parceiras, trabalhando em sintonia com o WTC. Além da Fiep, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN/PR), agradecemos a Invest Paraná, Apex Brasil, Fecomércio, Sebrae e a Prefeitura de Curitiba pela realização deste seminário”, disse Daniella Abreu, ao fim do evento.

Para a executiva, que tem 12 anos de experiência em negócios internacionais na Europa, e foi secretária de estado de Assuntos Internacionais de Santa Catarina, o momento econômico é favorável à aceleração de parcerias e investimentos. “Estamos mais conectados do que imaginávamos. Hoje é possível realizar um webinar com convidados nos quatro cantos do mundo. As cadeias de negócios e processos internacionais já existem e precisam ser melhor exploradas. Durante a pandemia, tivemos o foco de sobrevivência e de retomada. Agora, com a reabertura da maioria dos países e retomada econômica, precisamos acelerar a busca de oportunidades de negócios no comércio exterior.”

Para Carlos Valter Martins Pedro, presidente do Sistema Fiep, a federação busca ser indutora para negócios internacionais. “Como industrial, sempre acreditei nos relacionamentos comerciais entre países, que podem ser incrementados por agentes como a Fiep. Temos dialogado, nesse sentido, com a Fiesc e a Fiergs também. Com o CIN/PR, daremos sequência a este movimento. Ainda aproveitamos pouco as interações na Região Sul, em que saúdo a atuação do WTC em sintonia nos três estados, e também na América do Sul, principalmente no potencial de comércio, indústria e turismo. A evolução dos negócios é possível e a Fiep está à disposição.”

Para Claudia Schittini, coordenadora do CIN/PR, o Seminário de Negócios Internacionais atingiu as expectativas dos organizadores. “Esse evento surgiu de uma ideia de webinar, cresceu e se transformou num seminário, realizado com sucesso. Foram dois dias muito proveitosos, com conteúdo e debates de qualidade para empresas que querem se internacionalizar, por meio de cases de empresas que estão nesse processo. Agradeço a todos os parceiros pela organização e mediação do seminário de negócios, em especial o WTC Curitiba.”

Oportunidades na América Latina

Na terceira e última sessão do Seminário de Negócios Internacionais do Paraná, o debate foi sobre as “Relações comerciais do Paraná com a América Latina: oportunidades e prioridades”, para aproximar o empresariado paranaense do mercado internacional, com ênfase em informações sobre exportações e investimentos no Chile, Peru, Paraguai e Colômbia. Estiveram reunidos Gabriel Ralile, representante do Chile; Cauê Oliveira Fanha, chefe do Setor de Promoção Comercial e Turismo da Embaixada do Brasil em Lima; Antonio Carlos Dos Santos, presidente da Câmara de Comércio Paraguai-Brasil; e Ana Milena Cortazar Mejía, diretora internacional e de uso de acordos comerciais da Associação Nacional de Empresários da Colômbia (ANDI). A mediação foi feita por Hiago Tavares, gerente de Negócios Internacionais do WTC Curitiba.

Apresentando a Aliança do Pacífico, bloco econômico que reúne Chile, Colômbia, México e Peru, Ana Milena destacou que os protocolos comerciais preveem a construção de uma área de integração em livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas. "O objetivo da Aliança é impulsionar o crescimento, o desenvolvimento econômico e a competitividade dos países integrantes, convertendo-se também em plataforma de articulação política e comercial com ênfase na região da Ásia e do Pacífico." Somados, os quatro países reunidos na Aliança do Pacífico são a oitava economia mundial, com 37% do PIB da América Latina, 35% da população latina (229 milhões de habitantes) e inflação média de 3%. Por sua vez, Santos destacou as vantagens comparativas do ambiente econômico do Paraguai. "Temos o maior crescimento projeto na América Latina entre 2020 e 2024, a menor taxa de impostos indiretos da região, além da menor taxa corporativa. Os custos de energia na região também são os mais reduzidos, em uma economia marcada pela resiliência a efeitos externos, crescente diversificação e população mais jovem da região."

Sobre o World Trade Center

O WTC é um ecossistema global de comércio e investimento, criado há mais de 50 anos como um ponto central de cooperação e conexão, visando a organizar e facilitar a expansão de negócios internacionais. Trabalha para dar continuidade ao legado do WTCA, de criar prosperidade e desenvolvimento econômico relevante, com foco no Brasil, mostrando ao resto do mundo o que os estados do Sul do Brasil têm de melhor a oferecer e perseguindo mais oportunidades para nossos associados. O WTC busca aumentar a competitividade das empresas locais, gerar negócios, fomentar o comércio internacional, disseminar melhores práticas globais, fomentar a educação e a liderança empreendedora e trazer inovação e investimentos para o país.