O governo argentino anunciou ontem o Plano Federal de Infra-Estrutura, um ambicioso conjunto de 70 obras públicas. Os projetos, considerados ‘‘prioritários’’ para este país, onde as últimas grandes obras foram construídas há várias décadas, terão o valor total de US$ 20,5 bilhões.
As obras serão financiadas através de um fundo fiduciário de 30 anos. O grupo das primeiras obras, que começarão a ser implementadas a partir do primeiro trimestre do ano 2001, terão um custo de US$ 2 bilhões. O plano implica em uma reserva de mercado para as empresas nacionais. Elas serão as únicas que poderão participar nas licitações abaixo de US$ 45 milhões. As empresas estrangeiras poderão participar das obras de valor superior, mas terão que estar associadas com empresas nacionais. Além disso, 90% dos funcionários deverão ser argentinos.
Também ontem, a Corte Suprema confirmou que o governo tem o direito de reduzir os salários de 130 mil funcionários públicos.
Ministro A Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou com o índice Merval em queda de 7,11 pontos (1,64%), em 425,13 pontos. O volume alcançou 34,8 milhões de pesos. Traders atribuíram a queda à instabilidade política e econômica enfrentada pela Argentina.
‘‘Está circulando um rumor de que o ministro da Economia, José Luis Machinea, estaria para renunciar’’, disse um analista.
Segundo ele, o boato alastrou-se para o mercado de ações. Na quinta-feria à noite, o próprio Machinea negou os boatos. ‘‘Vocês ainda terão de me aguentar por muito tempo’’, disse.