Após escassez recorde, hidrelétricas começam a abrir comportas
Depois de 15 meses fechadas, as comportas do vertedouro da usina hidrelétrica Itaipu Binacional foram reabertas neste final de semana
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
Depois de 15 meses fechadas, as comportas do vertedouro da usina hidrelétrica Itaipu Binacional foram reabertas neste final de semana
Reportagem local

Superada a pior escassez hídrica da história, usinas hidrelétricas em várias regiões do País começaram a abrir suas comportas desde a última semana.
O Ministério de Minas e Energia acionou o plano de controle de cheias e abertura de comportas em muitas bacias, devido à recuperação significativa dos níveis dos principais reservatórios, que já superam 60% de armazenamento neste mês de janeiro.
Com a ocorrência de chuvas acima da média em algumas áreas do Brasil, os níveis têm aumentado rapidamente, sendo necessário acionar planos de controle de cheias e escoamento em muitas bacias.
Após 15 meses fechadas, as comportas do vertedouro da usina hidrelétrica Itaipu Binacional foram reabertas neste final de semana. As visitas turísticas ocorrerão normalmente. O vertedouro deve permanecer aberto enquanto o cenário atual de geração de energia e de previsão de afluência se mantiver. O objetivo é controlar o nível do reservatório e manter a segurança da barragem. A última abertura ocorreu em 23 de outubro de 2021, para controle do nível do Rio Paraná.
Após o fim da crise hídrica dos anos de 2021 e 2022, houve uma recuperação significativa dos níveis dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN). No período úmido 2022/2023, eles já superam 60% de armazenamento.
Ao longo de janeiro, chuvas acima da média vêm fazendo com que os níveis dos reservatórios se elevem rapidamente. Em muitas bacias, planos de controle de cheias e vertimento já estão sendo acionados. Nos últimos dias, houve início de vertimento nas usinas do Rio Madeira, no complexo Belo Monte, e nas bacias do Rio São Francisco e do Rio Grande. Em breve, espera-se mais vertimento, como na usina de Tucuruí.
“Esse vertimento generalizado indica a presença de excedentes energéticos associados a um crescente montante de geração das fontes eólicas e solares”, explica o superintendente de Operação da Itaipu, José Benedito Mota Júnior.
Neste contexto, hidrelétricas como a Itaipu têm atuado como uma espécie de “bateria”. No caso da binacional, a usina pode entrar rapidamente no sistema, por exemplo, quando as fontes intermitentes não apresentam condições climáticas para a geração.(Com informações da Agência Brasil)
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