O aplicativo de transporte exclusivo para o público feminino Lady Driver quer começar a operar na cidade até o final de novembro. O serviço é voltado a mulheres - tanto motoristas quanto passageiras -, crianças, idosos e pessoas com deficiência.

Embaixadora da Lady Driver em Londrina e em Maringá, Thais Bacelar
Embaixadora da Lady Driver em Londrina e em Maringá, Thais Bacelar | Foto: Mie Francine Chiba

O Lady Driver já existe em São Paulo há cinco anos, onde conta com mais de 60 mil motoristas, mas somente em maio começou a expansão e venda de franquias. Desde então, chegou a sete capitais e 70 cidades. No Paraná, o aplicativo desembarcou há um mês em Maringá - onde inicia as operações na segunda quinzena de outubro, e agora quer começar a cadastrar motoristas em Londrina. No município, a expectativa da empresa é fazer o cadastro de pelo menos 350 motoristas para atender a demanda que deverá ser gerada.

A empresa está em contato com a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) para regulamentação do serviço em Londrina. Segundo a Lady Driver, os documentos para regulamentação serão protocolados até sexta-feira (10) no município e em Maringá. O serviço também está em contato com as Secretarias Municipais da Mulher e do Trabalho de Londrina para parcerias de divulgação e para fazer mutirões de cadastramento de motoristas na cidade.

A Lady Driver quer trazer para o serviço não só mulheres que já dirigem por aplicativo, mas também aquelas que estão em busca de uma fonte de renda. "Queremos trazer aquela mulher que quer mais independência financeira, quer ter autonomia", diz Bacelar. Também quer conscientizar as motoristas a se tornarem MEI (Microempreendedoras Individuais) para que possam contribuir com o FGTS e empréstimos mais acessíveis.

VANTAGENS

Entre os diferenciais do novo aplicativo, a embaixadora cita o pagamento de taxa de deslocamento (do ponto onde a motorista está até o ponto de origem da passageira), percentual fixo de 75% e pagamento diário às motoristas. "A gente tentou pegar tudo de bom em outros aplicativos e juntar em um só." Segundo a empresa, a remuneração das mulheres é 40% maior que em outros serviços.

A empresa também clama ser a única que pode transportar crianças desacompanhadas. Idosos e pessoas com deficiência também podem usar o serviço. "A mãe pode chamar a Lady, e a Lady busca a criança e deixar onde ela precisar. Um idoso que às vezes precisa de uma ajuda para sair do carro, para se locomover então a gente sentiu essa necessidade de trazer mais humanização para esse tipo de serviço e ao mesmo tempo mais segurança para passageiro."

Por ser um aplicativo de motoristas mulheres voltado a passageiras mulheres, o objetivo da empresa é oferecer mais segurança a esse público. Quando recebe a corrida, a motorista já sabe qual o destino e o cadastro de passageiras é mais rigoroso. Um sistema verifica a veracidade do CPF.

"A gente sabe que a mulher é minoria nessas coisas. A gente não entra 100% segura em outro aplicativo misto. Tem que mandar a localização, tem que ficar olhando para ver se a rota está certa. A gente quer tirar esse peso da mulher, para que ela possa entrar no carro e não ter essa preocupação, esse medo. Se ela quiser trabalhar a noite inteira, na madrugada, não ter que ficar escolhendo, cancelando a rota, ou vendo pela pessoa se ela leva não leva", comenta Bacelar.