Apesar da queda nacional, indústria cresce em 9 estados em novembro
Paraná registrou o maior crescimento no mês, de 8,5%, bem acima da média nacional que fechou o penúltimo mês de 2022 em -0,1%
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 13 de janeiro de 2023
Paraná registrou o maior crescimento no mês, de 8,5%, bem acima da média nacional que fechou o penúltimo mês de 2022 em -0,1%
Folhapress

São Paulo - Apesar de ter apresentado uma variação negativa de 0,1% na média nacional, de outubro para novembro de 2022, a produção industrial cresceu em nove dos 15 locais pesquisados, no período. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgada nesta sexta (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Paraná lidera o ranking, com crescimento de 8,5%. Espírito Santo (7,6%) vem em seguida. Outros estados com crescimento da indústria em novembro foram Ceará (4,3%), Mato Grosso (3,8%), Bahia (3,5%), São Paulo (3,1%), Minas Gerais (2,2%), Santa Catarina (0,3%) e Amazonas (0,1%).
Por outro lado, seis locais tiveram queda no período, incluindo a Região Nordeste (-1,3%), única região a ter seus dados consolidados divulgados pela pesquisa. A maior queda foi observada no Pará (-5,2%). Também apresentaram perdas os estados de Pernambuco (-2%), Rio Grande do Sul (-1,3%), Rio de Janeiro (-0,9%) e Goiás (-0,3%).
OUTRAS COMPARAÇÕES
Na comparação com novembro de 2021, apenas cinco dos 15 locais pesquisados sustentaram a alta nacional de 0,9%, entre eles São Paulo (7,3%) e Rio de Janeiro (6%). Por outro lado, dez locais tiveram quedas. As perdas mais expressivas foram registradas pelo Pará (-16,5%), Espírito Santo (-12,2%) e Paraná (-9,8%).
No acumulado de janeiro a novembro de 2022, oito locais tiveram perdas, enquanto sete tiveram altas. Os principais recuos ficaram com Pará (-8,9%) e Espírito Santo (-7,2%). Já a principal alta foi observada no Mato Grosso (21,3%).
No acumulado de 12 meses, a produção industrial teve recuos em nove dos 15 locais pesquisados, com destaque, mais uma vez, para os estados do Pará (-8,9%) e Espírito Santo (-6,7%). Dos seis locais com alta, destacou-se o Mato Grosso (21,6%).
SETORES
Segundo o IBGE, o Paraná teve a segunda maior influência no resultado nacional (atrás apenas de São Paulo, cujo parque industrial é maior) devido ao bom desempenho do setor de derivados do petróleo. Essa elevação da produção industrial acontece após cinco meses de resultados mais fracos no Estado.
Outros setores tiveram desempenho destacado em novembro. É o caso da fabricação de bebidas, cuja alta foi de 9,8% em novembro de 2022 em relação ao mesmo mês do ano anterior, seguida por celulose, papel e produtos de papel (7,8%), produtos de metal (6,5%) e produtos alimentícios (3,5%).
A produção de bebidas também teve um forte crescimento no acumulado de 2022, com uma alta de 21% quando comparado ao mesmo período de 2021. Neste mesmo recorte, os índices estaduais também foram positivos para a fabricação de celulose, papel e produtos de papel (4,2%), produtos de borracha e material plástico (2,2%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (1,4%).
Quando a análise é feita com base no comparativo entre os últimos 12 meses (dezembro de 2021 a novembro de 2022) e o mesmo período anterior (dezembro de 2020 a novembro de 2021), altamente impactado pela pandemia, a maior alta continua sendo da produção de bebidas (19,7%). Depois, aparecem com índice positivo celulose e papel (3,8%), veículos (3,6%), e produtos de borracha e plástico (0,8%).
De acordo com o governo estadual, os dados passam a ser acompanhados de maneira mais detalhada no Estado pela recém-criada Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços. A pasta reúne especialistas e técnicos focados em potencializar o bom momento econômico em parceria com a iniciativa privada, associações e sindicatos.
A principal meta da Secretaria é fazer com que a economia paranaense, que recentemente alcançou o posto de quarta maior do País, continue em ascensão. “Estamos em um momento em que o Paraná vai muito bem, ultrapassando o Rio Grande do Sul na produção de riquezas batendo seguidos recordes na geração de empregos. Nesta semana também tivemos essas boas notícias da recuperação da produção industrial e do crescimento do turismo e do setor de serviços. Estamos confiantes para os próximos meses”, comentou o secretário Ricardo Barros. (Com informações da Agência Estadual de Notícias)
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