A Prefeitura de Londrina apresenta nesta quarta-feira (15) um plano para construção e implantação de um Parque Tecnológico na antiga Fazenda Refúgio, através de parceria entre município e iniciativa privada. O ex-deputado Alex Canziani, que esteve à frente da Secretaria de Governo e idealizou o projeto, conversou com a Folha de Londrina sobre detalhes da obra, que prevê a participação da Cohab-Lda como sócia-investidora do empreendimento, em modelo inédito de negócios para a companhia.

Por que a prefeitura tenta viabilizar um Parque Tecnológico neste momento?

O prefeito Marcelo Belinati tem feito movimentos importantes para impulsionar Londrina para o futuro, como a implantação do Tecnocentro, que esperava solução há mais de duas décadas. Outro exemplo foi a contratação do MasterPlan que mobilizou muitos setores eapontou claramente que os londrinenses desejam que a cidade enriqueça a partir da inovação tecnológica, em áreas como agronegócio, construção civil, pesquisa acadêmica, telecomunicações, criação audiovisual, setor químico e da saúde. Esta decisão coletiva é histórica por sinal, porque entidades, poder público e setores do conhecimento, como as universidades, estão trabalhando em sinergia inédita. E não dá para pensar em atrair investidores da área de tecnologia ou mesmo impulsionar quem já está estabelecido aqui sem espaços adequados.O único parque existente hoje é o Francisco Sciarra, que já está totalmente preenchido. Ou seja, já definimos metas para a cidade, com base nas vocações e na força dos setores produtivos, agora temos que correr atrás de colocar os projetos em pé.

O que diferencia um Parque Tecnológico de um Condomínio Industrial?

Todo ambiente ao redor está concentrado na mesma direção. O complexo industrial e o de serviços de base são planejados para formar um ambientecooperativo com empresas que desenvolvam pesquisa tecnológica no próprio parque, com setores ligados a universidades e instituições de conhecimento, com acesso inclusive a bancos de fomento. E facilidadescomo conectividade de ponta, acesso urbano rápido para executivos, suporte de serviços de alimentação e hospedagem.Também se prevê que seja construído ali, pela iniciativa privada, um condomínio de alto padrão.Para o investidor, estar inserido dentro de um Parque Tecnológico permite captação de financiamentos com juros e condições favoráveis. Existem modelos semelhantes em Recife, Toledo e Florianópolis.

E por que a Fazenda Refúgio? Vamos lembrar que esta é uma área bastante polêmica, que foi adquirida há mais de 30 anos pelo município para ser um conjunto habitacional e que funciona hoje como horto e depósito.

Exatamente porque é uma área nossa, do município, pertencente à Cohab-Lda, e que, com a expansãodas áreas do entorno, hoje encontra-se dentro da cidade. São 148 alqueires, uma janela enorme de oportunidade, que permitirá que a companhia alavanque capital, como sócia do Parque, e possa inclusive construir unidades habitacionais, tão necessárias para mutuários que aguardam em fila uma oportunidade.

Leia mais: https://www.folhadelondrina.com.br/economia/profis-negocia-r-26-milhoes-e-alcanca-65-da-meta-da-prefeitura-de-londrina-3206814e.html

Em qual modelo de parceria tudo isso seria realizado?

A ideia é fazer primeiro um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), para elaboração de estudos de viabilidade do empreendimento, para, na etapa seguinte, montarmos uma licitação. O PMI é uma ferramenta que permite que empresas ou escritórios com expertise na área de projetos proponham modelos de funcionamento do Parque, praticamente um Plano Diretor, para esclarecer questões jurídicas e de negócios. O segundo passo será montar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), um tipo de Parceria Público-Privada (PPP), para alavancar os recursos para a construção da infraestrutura do Parque e, o mais importante, gerir todo o Plano de Negócios.

O resumo da obra?

Este, sem dúvida, será o grande Polo de Investimentos da cidade. Ouso dizer que será o investimento mais importante que o prefeito Marcelo Belinati deixará como legado para a cidade.

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