São Paulo - A aceleração da inflação medida pelo IPCA-15 de agosto não deve impactar a avaliação dos diretores do Banco Central no Comitê de Política Monetária (Copom) na decisão pelo patamar de juros de referência para a economia brasileira entre as reuniões do colegiado de agosto e de outubro. A avaliação é da economista da Rosenberg & Associados Priscila Godoy. O Comitê se reúne para deliberar sobre o novo juro básico da economia brasileira nos próximos dias 28 e 29.
O IPCA-15 de agosto mostrou uma alta média de 0,39% nos preços ao consumidor, elevação de 0,06 ponto porcentual sobre a taxa de 0,33% apurada em julho, e as medidas de núcleo se elevaram pela segunda vez consecutiva, com a média fechando neste mês em 0,44% (cálculo do Besi Brasil). Mas, de acordo com Priscila, os diretores do BC não vão se sentir influenciados pela variação da inflação.
''Em discursos, eles fazem questão de dizer que a alta dos preços é passageira'', afirma a economista. De fato, as autoridades monetárias têm mesmo ressaltado que a alta da inflação decorre de efeitos climáticos sobre a oferta, mas que a inflação tende a convergir para a meta. Na Ronsenberg, a expectativa em relação à Selic é de que o Copom promova um corte de 0,50 ponto porcentual na taxa atual para 7,50% ao ano na semana que vem.