O Aeroporto Governador José Richa, em Londrina, deverá receber investimentos de cerca de R$ 400 milhões após a concessão do terminal. Segundo a Secretaria Estadual da Infraestrutura e Logística, este é o capex mínimo previsto para o aeroporto de Londrina, que após a concessão deverá passar por obras de modernização e ampliação, incluindo a instalação do ILS1, aparelho de auxílio a pousos e decolagens em condições climáticas desfavoráveis. O leilão está previsto para o quatro trimestre deste ano e a assinatura do contrato deve acontecer no início de 2021.

Imagem ilustrativa da imagem Aeroporto de Londrina deve receber investimento de R$ 400 mi
| Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress

“O capex de Londrina está avaliado em R$ 398 milhões, é o investimento mínimo, mas pode ultrapassar porque a empresa pode fazer outros investimentos que ela achar adequado, como fez a Zurich Airport (concessionária do Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis (SC)). Eles colocaram muitos milhões a mais de investimentos”, disse o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

Segundo o secretário, a previsão é de que após o processo de concessão, o aeroporto de Londrina não tenha mais restrições de instrumentos, elevando a categoria à 4C, habilitando o terminal a receber aeronaves com envergadura de até 36 metros. Atualmente, o terminal conta com procedimentos RNAV (Area Navigation) para pouso e decolagem, e RNP (Required Navigation Performance) para pouso por instrumentos, orientados a partir de satélites e sistemas digitais a bordo da aeronave. O ILS (Instrument Landing System) é uma reivindicação antiga da cidade. Em 2019, o aeroporto operou abaixo dos mínimos para pousos e decolagens por 24 horas e 51 minutos, segundo dados da Infraero. No último dia 3 de fevereiro, o mau tempo provocou o cancelamento de três voos.

A Infraero informou que já concluiu, por meio de contrato, a elaboração dos projetos para as obras de ampliação da pista de pouso e decolagem do aeroporto em Londrina, que incluem também outras melhorias, dentre elas a aquisição e instalação de ILS. Mas as obras dependem da conclusão do processo doe desapropriação, que está sendo viabilizado por meio de Acordo de Cooperação Técnica com a prefeitura.

Além do aeroporto de Londrina, serão privatizados também os aeroportos Afonso Pena, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), Bacacheri, na capital, e o de Foz do Iguaçu. Os quatro terminais integram o bloco Sul da sexta rodada de concessões, da qual fazem parte também os aeroportos de Navegantes e Joinville, em Santa Catarina, e Uruguaiana, Bagé e Pelotas, no Rio Grande do Sul. Os contratos terão validade de 30 anos. Os detalhes da concessão serão expostos em audiência pública prevista para acontecer em março.

Foz do Iguaçu

Em Foz do Iguaçu, as melhorias no terminal já começaram. O processo de ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional das Cataratas custará R$ 53,9 milhões e ficará pronto em 2021, segundo o governo do Paraná. A modernização foi incluída no pacote de investimentos da Itaipu Binacional e da Infraero, em agosto de 2019.

A pista, que tem 2.195 metros de comprimento e 45 metros de largura, será estendida para 2,8 mil metros e receberá uma camada de revestimento que dará ganho de performance de 20% às aeronaves, o que permitirá autonomia de voos para locais como Miami, Nova York, Lisboa e Madri. Haverá ainda melhorias na área de check-in, ampliação das salas de embarque e desembarque, implantação de escadas rolantes, carrosséis de bagagem, novos elevadores e quatro pontes de embarque (fingers). As obras devem aumentar a capacidade do terminal de 2,6 milhões para 5 milhões de passageiros ao ano.