Nesta semana, vamos passar a conviver com uma economia de juros mais altos. Para quem se habituou à estabilidade, pelo menos por pouco mais de um ano, a mudança nas taxas de juro requer alguns cuidados para o dia-a-dia. Acompanhe as dicas abaixo:
•Consumidor: tem como driblar o crédito mais caro: basta evitar as compras a prazo. Sempre que possível, convém adiar as compras, junte primeiro o dinheiro e adquira à vista. No caso de compras inadiáveis, procure dar o máximo de entrada, para financiar um valor menor, e pesquise antes preços e condições. Algumas financeiras estão prometendo manter suas taxas por algum período, tente aproveitá-las, mas sempre faça as contas e tenha certeza de que a prestação cabe com folga no seu orçamento.
•Mutuário: não tem como aliviar o peso maior da prestação. Prestação e saldo devedor vão crescer em ritmo mais acentuado por conta de uma TR maior. Os que têm contrato amarrado ao Plano de Equivalência Salarial poderão pedir revisão da prestação sempre que a correção da prestação superar a do seu salário; os que estão no PCR podem reclamar ao agente quando o comprometimento da prestação no orçamento superar o percentual inicialmente combinado.
•Investidor: quem já está com o dinheiro investido não deve desesperar-se e ficar pulando de galho em galho, há impostos na troca de posições e o risco de sair da aplicação em dia errado. A caderneta tende a ser um porto seguro e rentável para o dinheiro novo. Especialmente para valores até R$ 50 mil, a poupança tende a ser a melhor opção para aplicação por 30 dias. Os fundos de renda fixa DI de 60 dias também são indicados para o investidor que pode ficar com o dinheiro empregado por esse tempo. Aplicações em ação podem até ser interessantes, por causa de algumas pechinchas no mercado, por conta das últimas e fortes quedas das Bolsas. Quem comprar determinadas ações agora poderá estar pagando um preço interessante.
•Devedor: se tiver dívida amarrada à TR, sua despesa vai crescer na mesma proporção dos juros; se o contrato for prefixado, não haverá variação; e, se a correção for pelo dólar, o reajuste será menor do que o calculado pela TR.