BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Até segunda-feira (4), 19.304 empresas haviam tomado empréstimo para financiamento de suas folhas de pagamento, o equivalente a R$ 413,4 milhões. Ao todo, 304.091 empregados foram beneficiados.

Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (7).

O número de empresas que aderiram à linha emergencial criada pelo governo como medida de enfrentamento à crise gerada pela pandemia da Covid-19 mais que dobrou em uma semana, mas permanece abaixo das estimativas do governo.

Em uma semana, 9.850 empresas entraram no programa. Até 27 de abril, apenas 9.454 empreendimentos tinham pegado crédito subsidiado para financiamento das folhas de pagamento, o equivalente a R$ 156 milhões.

Quando o programa foi lançado, em 27 de março, o BC estimou que cerca de 12 milhões de pessoas e 1,4 milhão de empresas seriam contemplados.

A estimativa do governo é de liberação de R$ 40 bilhões em crédito para que as empresas paguem os salários dos funcionários durante o período de isolamento social.

Com o Ministério da Economia e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o BC criou uma linha emergencial para financiar dois meses de folha de pagamento das empresas com faturamento de R$ 360 mil a R$ 10 milhões por ano. Esse grupo é formado pelas pequenas e uma parte das médias empresas.

O governo entra com 85% dos recursos e os bancos com 15%.

O custo para a empresa é igual à taxa básica (a Selic está em 3,00% ao ano), sem spread (diferença entre a taxa de captação de recursos e a taxa cobrada em financiamentos) para os bancos, com carência de seis meses para pagar e em 36 parcelas.

Do total de trabalhadores que receberam remuneração financiada, 81% ganham até dois salários mínimos. Destes, 32,12% ganham até um salário. Apenas 0,70% ganham acima de 5 salários mínimos.

Em 2020, o salário mínimo é de R$ 1.045.

A maior parte dos empréstimos para cobrir folhas de pagamento foram para trabalhadores do setor de serviços, com 28,76%. Em segundo lugar, estão os empregados do setor de construção, madeira e móveis, com 14,65% contemplados.

Saúde, saneamento e educação aparecem em terceiro lugar, com 11,75%.

O Itaú foi o banco que mais concedeu empréstimos nesta modalidade, com o financiamento de 96.490 salários. O Bradesco veio em seguida, com 74.964.

Pelo Santander, 57.012 empregados foram contemplados. O Banco do Brasil cobriu 57.789 salários e a Caixa Econômica, 17.983.