A diretoria da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) emitiu um comunicado oficial na noite de sexta-feira (5), logo após o anúncio da prorrogação do lockdown decretado pelo Governo do Paraná até quarta-feira (10).

A entidade discorda da prorrogação e afirma que "seria fundamental que o setor produtivo voltasse a funcionar na segunda (8), pois o fechamento trouxe prejuízos que levarão meses para serem recuperados. Esses dois dias fazem muita diferença para quem está lutando pela sobrevivência".

O comunicado cobra ações mais enérgicas do poder público, destacando que o empresariado "vem acumulando muitas perdas que poderiam ter sido evitadas caso o poder público agisse com rigor contra quem participa de aglomerações. Também deveria ter sido mais eficaz no controle da lotação dos ônibus. Os leitos hospitalares que foram conquistados em 2020 não deveriam, de forma alguma, ser desativados. É evidente que a vacinação deve ser muito mais ampla e ágil, pois ela é a principal saída para a retomada da economia. Tudo isso evitaria o colapso da saúde e o lockdown. É o empresário quem está pagando a conta. Nós cobramos tudo isso da Prefeitura de Londrina nesta quinta (4), e continuaremos cobrando".

O texto destaca ainda que todo empresário deve agir dentro da lei, seguindo o novo decreto à risca, inclusive na restrição de horário, (das 10h às 17h), lembrando que "infringir a lei só aumentará os prejuízos."

RESTAURANTES E PRAÇAS DE ALIMENTAÇÃO

Outra grande preocupação revelada pela Acil é com o setor de restaurantes e as praças de alimentação dos shoppings, 'que tanto foram penalizados, precisam urgentemente de maior flexibilização, para ao menos garantir a subsistência da empresa. Deveriam, portanto, trabalhar ao menos até às 22hs, para ter maior possibilidade de recuperação. Já preparamos um ofício para enviar ao Governo do Paraná para obter essa ampliação no horário e incluir o funcionamento nos fins de semana", diz o texto.

Para finalizar, o comunicado reafirma a importância das medidas preventivas para evitar um novo fechamento. "Máscaras, álcool gel e distanciamento social devem ser mantidos de forma irrestrita. São três medidas de extrema importância para a recuperação da economia e a preservação de vidas. Sabemos que a cepa identificada em Manaus é mais forte e mais rápida. Por isso todas essas medidas devem ser cumpridas rigorosamente. Quem não segue os protocolos de segurança está colocando muitas vidas em risco e deve ser visto como criminoso. Só assim conseguiremos mudar o triste cenário da pandemia em nossa cidade".