Imagem ilustrativa da imagem Acil pede suspensão de impostos por 90 dias; em Maringá, comércio fecha a partir de sexta

A Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina) pede a adoção de medidas pelos governos municipal e estadual para garantir a saúde financeira do comércio local, no mesmo dia em que o prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PDT), determinou o fechamento do comércio e de shoppings centers, entre outros pontos de aglomeração de pessoas, em um decreto de emergência por conta do coronavírus.

O presidente da Acil, Fernando Moraes, não descarta que medida semelhante seja tomada para o comércio londrinense

Ainda na terça-feira (17), a entidade londrinense chegou a cogitar mudanças nos horários do comércio de rua, de modo a evitar que a entrada e saída dos trabalhadores batesse com os horários de pico do transporte coletivo (às 8h e às 18h). O "atraso" em uma hora (entrada às 9h e saída às 19h) não foi bem recebidas, na opinião de Moraes, porque a proposta foi “mal compreendida” e interpretada como prorrogação do horário de funcionamento.

Na manhã desta quarta (18), Moraes entregou ao prefeito Marcelo Belinati (PP) um pedido para que os tributos municipais sejam postergados por 90 dias. O ofício foi entregue em mãos e também encaminhado para o governador Ratinho Júnior (PSD), neste caso, relacionado ao ICMS. “Nós já estamos vendo o esvaziamento do comércio, a queda no movimento e não temos [comerciantes] poder para isso [turbulência econômica]”.

O secretário da Fazenda de Londrina, João Carlos Barbosa Peres, informou que a pasta não foi oficialmente informada do pedido, mas que será feito um estudo aprofundado assim que chegar em suas mãos. “[A suspensão dos tributos] Envolve uma série de questões, ajuste nos instrumentos de planejamento, corte de políticas públicas, dentre outras coisas”, explica.

COMÉRCIO SUSPENSO

Na manhã desta quarta, Ulisses Maia anunciou a suspensão do comércio de rua e shoppings de Maringá a partir da sexta-feira (20). O decreto também fecha todos os parques públicos e suspende as feiras livres da cidade. O encerramento das atividades não essenciais vale por 30 dias, mas garante o funcionamento de estabelecimentos essenciais, como supermercados, farmácias e postos de combustíveis.

As medidas estão em decreto de situação de emergência, que também fecha os clubes recreativos e associações; suspende as atividades não essenciais como obras, praças de atendimento e o volume de refeições servidas no restaurante popular será reduzido em 50%. Também haverá reforços de equipes de saúde e segurança na rodoviária e aeroporto da cidade.

Ações semelhantes já foram adotadas pelos Estados de Santa Catarina e Goiás e Fernando Moraes não descarta que possa ocorrer em Londrina, também. “Não temos o este poder [de fechar o comércio], mas acredito que, se vamos sofrer as consequências, que comecemos já”, disse.

Sobre a possibilidade de fechamento do comércio, o N.Com (Núcleo de Comunicação) da Prefeitura de Londrina informou que um grupo de trabalho permanente com especialistas nas áreas de infectologia e saúde pública analisam a situação permanentemente, que a suspensão das atividades do comércio não está descarta, “desde que seja apontada como necessária pelo comitê” e que “toda decisão será baseada em avaliações técnicas".