Velocidade ao conectar tudo e todos. A quinta geração de telefonia móvel já é uma realidade em algumas capitais do Brasil e ao contrário do que aconteceu com o 4G, a revolução deve ter um impacto muito maior no universo corporativo, com as empresas encontrando no 5G o caminho certeiro para a transformação digital e o aumento da produtividade. A opinião é de Wendell Oliveira, CEO da Ligga Telecom, a empresa é dona da marca Sercomtel, a histórica companhia de telefonia de Londrina. Ele esteve em Londrina na última quinta-feira (22) a convite da LIDE Paraná, dentro da programação de encontros de conteúdo da entidade; eventos que conectam empresários em uma rede de relacionamentos com o objetivo de favorecer as trocas e a realização de negócios.

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Vendida para o grupo Ligga, em janeiro de 2019, a Sercomtel deixou para trás o passado de crise e, de acordo com o presidente do grupo, se prepara para receber um investimento de 245 milhões de reais para a modernização da rede. Será a Sercomtel a trazer para casa a tão esperada tecnologia 5G. O campo vem sendo preparado com uma atenção muito especial a soluções que venham atender demandas do mercado B2B (Business to Business), o modelo de negócios entre duas empresas. “Acreditamos na tecnologia. Temos plano de expansão em todo o cinturão agro, com a permissão de explorar o Paraná, São Paulo e todo o Norte do Brasil. A Sercomtel é uma marca muito querida pelos londrinenses e por isso, decidimos mantê-la”, comenta Oliveira.

Wendell Oliveira, CEO da Ligga Telecom, fala da implantação do 5 G: "Estamos investindo muito, apostando em programas de startups e buscando profissionais qualificados para atender a demanda”
Wendell Oliveira, CEO da Ligga Telecom, fala da implantação do 5 G: "Estamos investindo muito, apostando em programas de startups e buscando profissionais qualificados para atender a demanda” | Foto: Divulgação

Para o executivo, a revolução do 5G vai chegar de uma jeito diferente ao consumidor final. Se com a geração anterior, a grande revolução ficou na palma das nossas mãos e nas telas dos celulares, com os aplicativos; na nova era, a grande transformação vai se dar pela “internet das coisas”, com a conectividade aplicada às Cidades Inteligentes, por exemplo. “Já entendemos que o 5G não vai mudar a vida das pessoas, ao contrário do que aconteceu com o 4G que permitiu os apps de transporte, de entrega, a conexão entre as pessoas por chamadas de vídeo, os bancos digitais. Foi disruptivo”, comenta.

Para a plateia, Oliveira trouxe exemplos práticos da aplicação do 5G como aquele da frota de caminhões na Coréia do Sul, todos autônomos, que conectados a antenas poderão realizar tarefas de transporte de minérios com uma velocidade 4 vezes maior do que aquela feita hoje no 4G. Soluções para o agro, para o entretenimento através da realidade virtual, para a segurança nas cidades através de sensores e monitoramento, na saúde através dos atendimentos remotos. “Estamos apenas no começo de mais uma revolução na conectividade. A aposta é em uma tecnologia que deve permanecer pelos próximos 20 anos. Estamos investindo muito, apostando em programas de startups e de olho no mercado, buscando profissionais qualificados para atender a demanda”, afirma.

Em 2021, o grupo foi um dos vencedores do leilão do 5G, realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O plano de investimentos para os melhoria e ampliação da infraestrutura no Estado. A Ligga Telecom também deve ser um nome forte no que diz respeito do uso da tecnologia em prol da preservação do meio-ambiente, principalmente na Amazônia, onde já participa de programas de pesquisa de monitoramento de queimadas, desmatamentos e outras ações criminosas através de drones, sensores e até satélites de baixa órbita. “Queremos levar a conectividade para quatro milhões de pessoas naquela região para que através disso, do conhecimento da realidade delas, seja despertado o senso de pertencimento que estimula a preservação. A tecnologia vem para ajudar o meio-ambiente e a Ligga já é uma empresa que oferece energia 100% verde aos seus clientes”, diz.

Enquanto o 5G não chega, a empresa investe na melhoria da conectividade, consciente das dificuldades em um país com áreas totalmente escuras de sinal. “Serão ainda alguns anos de trabalho para uma cobertura mínima decente no Brasil”, diz. No entanto, podemos comemorar uma cobertura de 72% de fibra ótica no País, taxa maior do que a verificada nos Estados Unidos. Isso fez a Ligga realizar os primeiros testes com a tecnologia FWA (Fixed Wireless Access) que permite a banda larga a partir da frequência móvel de 3,5 GHz do 5G, sem a necessidade de uma instalação via cabo. É só colocar o equipamento na tomada e o futuro chega, em alta velocidade de conexão.

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