Todo investidor busca um bom rendimento para o seu dinheiro, mas o que nem todo investidor sabe é diferenciar a rentabilidade nominal da rentabilidade líquida. As duas informações são importantes. Enquanto a rentabilidade nominal só informa o quanto o investimento rendeu, a líquida informa quanto o investidor receberá desse rendimento após a cobrança de impostos e taxas.

Impostos e taxas que incidem sobre os investimentos

Para que o investidor invista com segurança e pleno conhecimento de quanto do seu rendimento poderá ser comprometido, é importante estar atento a quais são as taxas cobradas nos principais produtos do mercado. Seguem abaixo alguns exemplos.

LCI /LCA (Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio)

São títulos emitidos por instituições financeiras e utilizados para captar recursos que serão emprestados a empresas dos setores imobiliário e do agronegócio. Por serem setores estratégicos para o crescimento da economia, eles contam com isenção do imposto de renda e de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

As plataformas de investimentos podem cobrar uma taxas para a aplicação nestes ativos. No entanto, é possível encontrar corretoras que não cobram a taxa para atrair mais clientes.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

É um produto financeiro emitido pelos bancos para captar recursos para suas operações. No CDB há incidência de dois tributos: o IOF e o IR (Imposto de Renda). Corretoras podem cobrar taxas de custódia e comissões para esse tipo de investimento, mas isso não é comum. Então, o investidor deve ficar atendo para não pagar taxas que podem ser evitadas.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto prevê uma cobrança fixa: a taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos. Essa taxa é calculada diariamente e cobrada proporcionalmente ao período em que o investidor mantiver o título. Sobre os investimentos em Tesouro Direto incidem ainda o IOF (quando aplicável) e o imposto de renda. As instituições financeiras também podem cobrar uma taxa, mas é comum que não haja cobrança.

Fundos de Investimento

Um fundo de investimento é um produto financeiro mais elaborado por conter uma cesta de ativos escolhida por um gestor. Por isso os fundos apresentam mais custos, que são repassados aos investidores.

A taxa mais comum que incide sobre os fundos de investimento é a de administração, que pode variar de 1% a 3%. Mas grande parte dos fundos apresenta cobrança entre 1% e 2%.

Eventualmente também pode ser cobrada a taxa de performance, que só incide quando o rendimento ultrapassar a meta estipulada. Alguns fundos podem ainda cobrar taxas de ingresso e de saída.

O investidor deve conhecer todas as taxas que podem incidir antes de investir para avaliar o quanto elas poderão possivelmente comprometer a rentabilidade do fundo.

Sobre os impostos, há de se notar que os fundos de renda fixa têm cobrança diferente da prevista nos fundos de ações. Fundos de ações são isentos de IOF e têm o IR fixo em 15%. Já os fundos de renda fixa seguem as mesmas regras dos demais ativos do segmento, conforme descrito a seguir.

Como são cobrados o IOF e o Imposto de Renda em investimentos

Para investimentos de renda fixa a cobrança do imposto se dá sempre sobre o rendimento e não sobre o capital investido. Ou seja, caso não haja rendimento positivo, não haverá cobrança nem de IR nem de IOF.

O IOF é cobrado apenas no caso de resgate da aplicação em menos de 30 dias, e é regressivo. Então, a cobrança varia entre 96%, no caso de 1 dia, até chegar a 3% em 29 dias.

O imposto de renda também segue tabela regressiva, ou seja, é menor quanto mais longo o tempo que o dinheiro fica investido. Veja abaixo a tabela completa:

Tabela de IR:

Até 6 meses (180 dias) - 22,5%

De 6 meses (e 1 dia) a 1 ano (de 181 até 360 dias) - 20,0%

De 1 ano (e 1 dia) a 2 anos (de 361 até 720 dias) - 17,5%

Acima 2 anos (e 1 dia) (de 721 dias em diante) - 15,0%

Este conteúdo é de autoria de Genial Investimentos e não faz parte do conteúdo jornalístico da Folha de Londrina.