O impacto econômico do futebol no Brasil: Uma paixão que movimenta bilhões

Que o futebol é um dos esportes mais populares e influentes do mundo, a maioria das pessoas já sabe, até as que não acompanham os campeonatos e os times de perto. Entretanto, mesmo os fãs mais aficionados não devem ter tanto conhecimento sobre a força da relação entre o mercado da bola e a economia brasileira.

Isso acontece por conta da quantidade de recursos que são movimentados atualmente pelo esporte, principalmente pelos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro. Para se ter uma ideia disso, foram movimentados em 2021 um total de US$ 4,86 bilhões somente em transferências de jogadores brasileiros, um valor equivalente ao valuation de empresas de grande porte no Brasil.

Em um estudo desenvolvido pela consultoria EY em parceria com a CBF, mostrou que o esporte movimenta um total de R$ 52,9 bilhões na economia do país, o que representa 0,72% do total do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que o futebol consegue gerar uma grande quantidade de recursos em várias instâncias, seja de forma direta ou indireta.

Impacto econômico dos clubes de futebol

No Brasil, as equipes de futebol, sobretudo na elite, movimentam uma quantia significativa de recursos financeiros. O sucesso dessas instituições esportivas está diretamente ligado ao desempenho esportivo e à capacidade de gerar receitas. Com a grande base de torcedores e a paixão nacional pelo esporte, os clubes atraem investimentos, patrocínios e parcerias comerciais cada vez mais rentáveis, como é o caso, por exemplo, das parcerias com plataformas de apostas, semelhantes à aposta esportiva na ibet, Bet365, Betfair e outras.

Esses recursos advindos dessas parcerias são essenciais para a manutenção e o crescimento das equipes, bem como para a formação de novos jogadores. Dessa forma, os times de futebol pensam nos ganhos esportivos dentro de campo, mas, sobretudo, fora dele. Os jogadores são verdadeiros influenciadores que são capazes de trazer milhares de fãs e gerar muitas receitas, sejam elas com transmissões de televisão, patrocínios ou bilheteria. Isso ajuda a explicar os seus altos salários e as movimentações de transferência com cifras expressivas.

Como esses recursos são capazes de impactar a economia brasileira?

Tendo como base o estudo realizado pela EY e CBF, citado no início do artigo, temos que da movimentação total de R$ 52,7 bilhões feita pelo futebol no país, cerca de R$ 37,8 milhões são de efeitos indiretos. Ou seja, bares, restaurantes e outros tipos de comércio que recebem, em épocas de campeonato, uma quantidade massiva de torcedores. A maioria desses locais possui um telão ou algum lugar voltado para a exibição dos jogos, atraindo assim boa parte dos torcedores que, por alguma razão, puderam ir ao estádio.

Portanto, seja da maneira direta ou indireta, o futebol brasileiro possui uma grande capacidade de alocar recursos dentro da economia do país. O povo é extremamente receptivo ao esporte, o que ajuda a movimentar o comércio local.

Além disso, o futebol brasileiro é um terreno fértil para o desenvolvimento de marcas e produtos. Dessa forma, existem inúmeras oportunidades para a criação de produtos licenciados, como camisas, acessórios e souvenirs, que são vendidos em comércios espalhados por todo o território nacional, isso ajuda a movimentar a economia do país e gerar crescimento, mesmo em áreas longínquas aos grandes centros do Brasil, devido a grande capilaridade que o mercado do futebol possui.