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O recente aumento do interesse dentro do setor de finanças descentralizadas fez com que mais de 10 milhões de usuários entrassem nesse mercado. Isso acabou levantando diversas questões muito importantes, como por exemplo, sobre qual é o futuro do atual sistema financeiro digital, e se ele vai ser construído de forma equitativa.

As criptos são uma espécie de moeda virtual que pode ser utilizada tanto para investimento como para compra de serviços e bens. Sem dúvida, a mais famosa delas é o Bitcoin, que é uma moeda descentralizada, o que significa que todas as transações utilizadas para negociar esse ativo são feitas através de um livro razão público, e não através de uma autoridade centralizada.

O Bitcoin foi criado posteriormente à crise financeira de 2008, como uma espécie de sistema alternativo para o sistema bancário tradicional. Desde a sua criação, o valor da moeda já disparou várias vezes e, embora seja um ativo muito volátil, seu valor de mercado continua crescendo de forma consistente.

UMA NOVA ERA DE INCLUSÃO NO SETOR DE CRIPTO

Embora o Bitcoin tenha sido criado com a ideia de encorajar mais equidade financeira, a verdade é que 75% dos detentores das criptomoedas atualmente são homens, de acordo com o relatório norte-americano sobre esse mercado.

A disparidade de gêneros já existe no setor financeiro há muitos anos, mas muitas pessoas atualmente esperam que o setor de criptos consiga mudar esse paradigma geral, anunciando uma nova era de mais diversidade dentro do setor financeiro.

Kinjal Shah é uma das pessoas que acreditam nisso, sendo uma sócia sênior da empresa Blockchain Capital, e também uma das maiores investidoras do atual Coletivo Komorebo, voltado para mulheres e investidores não-binários. Ela vê dentro desse mercado o potencial para criar um sistema financeiro atualizado, de forma diferenciada, e espera que um número maior de mulheres e também de minorias entre nesse mercado.

O objetivo principal dela é que o sistema financeiro atual não seja recriado. Com base no sistema anterior, ela deseja que esse novo ambiente seja muito mais acessível e inclusivo. Existem muitas provas atualmente que demonstram que a diversidade impulsiona os lucros em diversas áreas.

Segundo diversos estudos, equipes com maior diversidade tendem a ter resultados melhores, se mantendo dentro de cronogramas e demonstrando uma dinâmica de equipe que é superior, permitindo um maior ganho de dinheiro. Entretanto, a realidade é que ainda temos um número pequeno de mulheres em setores tecnológicos.

MULHERES E O PRECONCEITO NAS CRIPTOS

Quem já está dentro desse mercado sabe muito bem que, para se manter atualizado em relação às recentes inovações desse setor, muitas vezes é necessário estar presente e participar de algumas comunidades online. O problema é que, por conta da cultura geral dessas comunidades, muitas mulheres acabam tentando esconder o fato de serem mulheres.

De forma geral, os preconceitos implícitos e as microagressões são algumas das principais barreiras que as mulheres têm que enfrentar para entrar no setor de tecnologia. Por mais que o mundo já tenha evoluído muito, algumas questões sociais ainda interferem bastante na presença de mulheres em diversos setores industriais, principalmente no setor financeiro.

Felizmente, o quadro para o setor de criptomoedas é bem diferente, já que uma parcela maior de mulheres já está entrando nesse mercado. Podemos esperar que num futuro próximo, um número cada vez maior de mulheres se sinta confortável para começar seus investimentos.

Entretanto, também é muito importante que outras mulheres estimulem esse tipo de comportamento, mostrando que o setor de ativos digitais é para todo mundo, e que qualquer pessoa pode começar a investir a qualquer momento. Para dicas e facilidade no comércio criptográfico, visite a yuanpayapp.net.

Existe também a necessidade de que mais informações sobre esse mercado estejam acessíveis a qualquer pessoa. Como já foi dito anteriormente, para se manterem atualizadas as mulheres têm que muitas vezes frequentar comunidades online dominadas por homens. Por conta disso, existe uma necessidade de que essas informações também se tornem descentralizadas, como os próprios ativos virtuais.

Mas ainda é muito cedo para que esse tipo de evolução aconteça realmente dentro do mercado. Provavelmente, nos próximos anos, vamos ver uma crescente onda no desenvolvimento desse tipo de atividade inclusiva, trazendo mais equidade para o mercado de criptoativos de forma geral.