O Grande Expediente da sessão plenária desta segunda-feira (26) da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) foi utilizado para prestar homenagem à fundadora do MAI (Museu de Arte Indígena), a pesquisadora Julianna Podolan. O espaço conta com um dos maiores acervos do mundo na área. Durante a celebração, a profissional foi agraciada com um diploma de Menção Honrosa confeccionado pelo Poder Legislativo. A proposição é da deputada Cristina Silvestri (PP).

Segundo a deputada Cristina Silvestri, a dedicação e o compromisso da pesquisadora com a preservação e divulgação da arte indígena são um exemplo de como é possível contribuir com um mundo mais inclusivo e respeitoso com as culturas tradicionais. “Juliana é uma pesquisadora que muito nos orgulha. É fundadora do primeiro museu particular dedicado exclusivamente à produção artística indígena, com peças adquiridas em aldeias de todo o país. Este acervo precisa ser conhecido pelo Paraná, pois é um trabalho que está rompendo barreiras e nos permite contribuir com um do mais inclusivo”, afirmou.

APOIO

O MAI possui em seu acervo mais de 1,5 mil peças produzidas por indígenas de diversas etnias. Elas foram todas adquiridas por Julianna Podolan em expedições a aldeias brasileiras desde 1997. Administradora de empresas e integrante da Academia de Cultura de Curitiba (ACCUR), ela lembrou a necessidade de apoio a espaços culturais. “Esse é um momento muito especial. A proposição coroa um ano muito especial. O MAI surgiu de uma coleção que começou de forma despretensiosa, mas muito respeitosa. Hoje, destaco a necessidade de um olhar sensível para quem quer promover a cultura, pois falta apoio, leis e incentivos em todos os aspectos. Falta apoio para fomentar o turismo além dos pontos consagrados, promovendo oportunidades de inclusão para maior acesso aos museus. Por isso, gostaria de convidar a todos para conhecer o MAI”, disse ela.

Durante a fala, Juliana Podolan também apresentou a trajetória do museu e destacou sua importância nesses 15 anos de criação, com a realização de exposições, oficinas pedagógicas e cursos. “Este é um momento em que comtemplamos um trabalho de tanto tempo. Precisamos valorizar a cultura e a educação. Sem isso não chegamos a lugar nenhum”, frisou.

CLEVELÂNDIA

O MAI foi inaugurado em 2016 no bairro Água Verde, em Curitiba. É o primeiro museu particular do Brasil dedicado exclusivamente à produção artística dos indígenas brasileiros. De acordo com a instituição, conta com um dos maiores acervos do mundo nesta área. As peças são divididas entre arte plumária, cerâmica, cestas, instrumentos musicais, máscaras ritualísticas e objetos utilitários. O museu surgiu em Clevelândia, em 2009. O objetivo da fundadora é resgatar e preservar a cultura indígena brasileira.

COMO VISITAR

O Museu de Arte Indígena fica na Avenida Água Verde, 1413, em Curitiba. Ele funciona de segunda a sexta-feira das 10 às 17h30 horas. Os interessados podem realizar agendamento pelo e-mail [email protected]. Para dúvidas, valores, sugestões ou outras informações, o telefone é (41) 3121-2395. O contato também pode ser feito pelo e-mail [email protected].