Nos dias quentes, nada melhor do que ligar o ar-condicionado ou o ventilador para refrescar o ambiente; no inverno, um banho quente no final do dia aquece e conforta. Esses pequenos luxos do dia a dia, que muitas vezes passam despercebidos, só podem ser aproveitados graças à energia que chega a casa de cada um dos paranaenses.

O Grupo Folha de Londrina e a Copel (Companhia Paranaense de Energia) firmaram uma parceria para levar informação sobre todos os investimentos e projetos que vêm sendo desenvolvidos na região norte do Paraná para melhorar a qualidade de vida do usuário. Intitulado ‘Conectando com a Copel’, a série vai englobar reportagens escritas e quatro episódios de um videocast com convidados especiais, que vão esmiuçar temas relacionados à geração e distribuição da energia elétrica em todo o Paraná.

Investimento que faz a diferença

Com uma extensa malha hidrográfica, 62% de toda a energia gerada no país vem das águas. No Paraná, o cenário não é diferente, sendo necessário montar uma grandiosa infraestrutura para levar essa energia produzida nas usinas hidrelétricas para todos os cantos do estado.

Aparecido Alberto Tomazeli, gerente de Projetos e Obras para as regiões Norte e Noroeste do Paraná
Aparecido Alberto Tomazeli, gerente de Projetos e Obras para as regiões Norte e Noroeste do Paraná | Foto: Jéssica Sabbadini

Gerente de Projetos e Obras para as regiões Norte e Noroeste do Paraná, Aparecido Alberto Tomazeli explica que pelo fato de as usinas hidrelétricas estarem localizadas fora dos grandes centros urbanos, o movimento só é possível graças às subestações e redes de distribuição de energia que cobrem todo o estado.

Para que o serviço seja entregue com qualidade, é necessário fazer investimentos na infraestrutura, garantindo robustez e confiabilidade ao sistema. Em toda a macrorregião norte do Paraná, a Copel vai investir mais de R$ 200 milhões em obras estruturais para garantir que a energia chegue a todas as pessoas.

Em busca de acompanhar o crescimento demográfico e industrial das cidades, a Copel trabalha para aumentar a capacidade de distribuição de energia. “Esses investimentos em subestações servem justamente para que você possa ter mais confiabilidade, qualidade e que a Copel possa entregar mais energia para que os grandes centros continuem crescendo”, aponta.

Dentro do pacote, uma das obras mais importantes é a construção da nova subestação Jardim Figueira, em Apucarana, em um investimento que passa da casa dos R$ 76 milhões em uma obra prevista para ser desenvolvida entre 2024 e 2025. Hoje, a cidade já conta com três subestações: a Apucarana e a Cristo Rei, que já operam em 138 mil volts; e a atual Jardim Figueira, que tem uma capacidade menor se comparada às demais. “Ela não daria conta de todo o crescimento da região, por isso está sendo feita uma nova subestação, que também vai ser atendida em 138 mil volts e com uma potência bem maior”, detalha.

Com a obra, a cidade de Apucarana e toda a região terá um incremento de 37% de energia, trazendo mais confiabilidade e crescimento para uma área em crescente expansão. Na prática, isso significa que, pelo fato de todas as subestações e linhas de transmissões estarem conectadas, se uma falhar, a outra entra em ação para que a população não fique sem energia. A obra vai beneficiar diretamente mais de 14 mil unidades consumidoras.

SUBESTAÇÃO SEMÍRAMIS

Em Londrina, as obras envolvem a ampliação da subestação Semíramis, na zona norte, que vai ter capacidade adicional para atender 25 mil novos consumidores. Acompanhando o crescimento e desenvolvimento das cidades, Tomazeli reforça que é essencial que as ampliações e modernizações atendam, por exemplo, a instalação de parques industriais. Em toda a macrorregião Norte do Paraná, 14 subestações estão sendo ampliadas, sendo que quatro serão entregues ainda neste ano e o restante em 2025.

Em Londrina, as obras envolvem a ampliação da subestação Semíramis, na zona norte, que vai ter capacidade adicional para atender 25 mil novos consumidores
Em Londrina, as obras envolvem a ampliação da subestação Semíramis, na zona norte, que vai ter capacidade adicional para atender 25 mil novos consumidores | Foto: Divulgação

Ele explica que o planejamento de onde os investimentos vão ser destinados leva em conta o crescimento das cidades e, a partir daí, é avaliado a necessidade de uma ampliação na rede de distribuição ou nas subestações ou, ainda, se a demanda exige a construção de uma nova estrutura. Para isso, o trabalho envolve uma visão ampla de qual a melhor área para receber a obra, assim como a disponibilidade de linhas de transmissão para que a energia chegue até os consumidores. “Entre você definir o local, construir e ter a subestação fazendo o seu papel de entregar energia, às vezes pode levar até cinco anos”, ressalta.