Imagem ilustrativa da imagem Consumidores já esperam ceia mais cara este ano
| Foto: Picjumbo.com/Pexels

Embora seja uma das épocas mais aguardadas do ano, pois representa a união da família, o Natal terá um gosto mais salgado este ano. Isso porque os preços dos alimentos estão mais caros em todo mundo, e não seria diferente no Brasil. Aqui, além da inflação que passou de 20% durante a pandemia, muitos consumidores ainda precisaram lidar com a queda na renda, o que agravou ainda mais a situação.

De acordo com este levantamento da Fundação Getúlio Vargas, os produtos de Natal estão 27% mais caros com relação ao mesmo período de 2020. A alta tem sido impulsionada principalmente pelo frango (27.34%) e pelo ovo (20%).

JUSTIFICATIVA ESTÁ NO PREÇO DOS INSUMOS

O estudo da FGV indicou que o aumento dos preços não está relacionado apenas com a pandemia em si. Na verdade, os alimentos estão sofrendo um efeito dominó, que começou pelo custo dos insumos, como a energia elétrica e o diesel.

Quando esse itens sofrem reajustes, os produtos de carnes e outros produtos se veem obrigados a repassar o valor para o consumidor final. Vale notar que o Brasil está ainda passando por uma crise energética e precisando importar energia da Argentina e do Uruguai. Isso afeta não apenas os cidadãos comuns, mas principalmente as indústrias que precisam de energia grande parte do tempo para operar.

Outro ponto importante apontado pelo levantamento é que alguns itens sofreram redução. Esse foi o caso da carne bovina de primeira. No entanto, ao analisar a proteína de forma geral, o que se observa é um aumento de mais de 18% com relação a dezembro de 2020. Somente o arroz apresentou uma diminuição real, de 4,25%.

SOLUÇÃO É FAZER TROCAS

Neste final de ano, os estabelecimentos já esperam que os consumidores realizem trocas para garantir pelo menos uma ceia simples. Afinal, o Natal é uma das datas das quais os brasileiros mais gostam, porque o país tem grande influência cristã.

Uma pessoa que costuma comprar um vinho de R$ 50 e que agora está custando R$ 65, por exemplo, pode levar um de outra marca que está R$ 50 ou até mais barato. Nesse sentido, as marcas que antes eram deixadas de lado, ou desconhecidas do público, agora podem ter sua vez na ceia.

Outra mudança que pode ser feita é com as frutas e hortaliças. Para a noite de Natal, é comum consumir cervejas chilenas. Porém, em alguns estabelecimentos, a fruta pode custar mais de R$ 80 o kilo, como no Site Mercado.

Vale notar que o Brasil possui várias frutas nativas e cuja safra é no verão, o que deixa os preços e o sabor mais atraentes. Esse é o caso do abacaxi, cuja unidade sai por R$ 3,99 neste folheto do Supermercado Dia.

Quando o assunto é a proteína, também é possível fazer trocas. Um tender que custa em média R$ 70 no Extra pode ser trocado por frango comum cujo kilo sai por menos de R$10. Nessa situação, o importante é usar a criatividade para criar um prato que seja diferente e especial para esta data comemorativa.

Ainda que economizar na ceia não seja desejo de ninguém, por conta dos preços altos, é compreensível que o consumidor prefira os alimentos que cabem no bolso. Até porque, além do jantar de Natal, muitos ainda irão comprar lembrancinhas e presentes para familiares. Como já indicou o estudo da FGV, a ceia sairá mais cara, porém, há sempre algumas formas de driblar as altas e optar por produtos mais em conta.