Os fãs de esportes certamente já notaram que as criptomoedas estão, literalmente, fazendo seu nome no setor. Afinal, quem já assistiu o Los Angeles Lakers jogar em casa, já percebeu a mudança no nome de sua casa, que passou a se chamar Crypto.com Arena.

Imagem ilustrativa da imagem Como criptomoedas estão impulsionando o esporte
| Foto: Photo by Jievani Weerasinghe on Unsplash
Se o Staples Center Arena é coisa do passado para os Lakers, a American Airlines Arena também já não é mais o nome do local onde o Miami Heat joga. Isso porque sua casa hoje se chama FTX Arena, que é uma grande corretora de criptomoedas.

Nos últimos anos houve uma grande mudança nas empresas que se ligam aos esportes para grandes ações de marketing. As empresas de tecnologia e apostas ou jogo online começaram a se unir a clubes e organizadores de competições para expor sua marca. A casa de aposta Campo Bet é um dos exemplos disso, tendo uma grande sinergia entre sua atuação e os eventos esportivos.

A razão para patrocinar os esportes é óbvia: o público apaixonado por futebol, basquete, tênis, futebol americano e outras modalidades é enorme, então trata-se de uma grande exposição. Mas o que está fazendo com que as criptomoedas atualmente sejam as responsáveis por impulsionar grandes torneios e ligas esportivas? Vamos desenrolar esse novelo de lã...

Como funciona o esquema de Naming Rights na NBA

Primeiramente, é bom esclarecer que os Naming Rights não são exclusividade da NBA. Aliás, temos exemplos claros no Brasil que comprovam que ter grandes empresas dando nome a arenas e estádios é comum. Só na capital paulista, temos o Allianz Parque e a Neo Química Arena, casas dos maiores rivais do futebol paulistano, Palmeiras e Corinthians.

Isso acontece quando há um acordo comercial entre uma empresa e os donos de uma arena ou estádio (ou clube). Além de ser uma grande publicidade para quem dá o nome, é altamente vantajoso para quem recebe o investimento sobre os Naming Rights.

Mas aparentemente chegou a vez das corretoras de criptomoedas movimentarem este mercado. Afinal, como falamos na introdução de nosso artigo, duas grandes concorrentes nomeiam as casas de grandes clubes da NBA.

A Crypto.com pagou a bagatela de US$ 700 milhões para dar nome ao estádio do Los Angeles Lakers pelos próximos 20 anos. Aliás, vale lembrar que o local é casa não só do time masculino da NBA, como do Los Angeles Sparks, da WNBA, a liga feminina. Além disso, os jogos dos Los Angeles Kings, pela NHL, a liga americana de hóquei, também são realizados na Crypto.com Arena.

O acordo aconteceu poucos meses depois de uma grande potência do mercado de criptomoedas também comprar os Naming Rights de outro time da NBA, o Miami Heat. No início de 2021 a FTX garantiu seu nome pelos próximos 19 anos para “criar” a FTX Arena. Mas para isso a corretora de criptomoedas terá que desembolsar US$ 135 milhões acertados no acordo.

O investimento de corretoras não é exclusividade da NBA

Tem sido cada vez mais comum fazer transações usando criptomoedas no Brasil e no mundo. Mas que tal comprar os ingressos do seu time do coração usando as moedas virtuais? Isso já é possível no futebol brasileiro.

Desde o início deste ano, o São Paulo e a Bitso, patrocinadora oficial, anunciaram a nova modalidade de venda de ingressos, usando criptomoedas. Atualmente, isso só é possível para jogos em que o mando de campo for do time paulista e para sócio-torcedores.

Além disso, o clube lançou um fan token para que os torcedores possam ter voz ativa em determinadas decisões do time. É possível concorrer em sorteios, ganhar prêmios e ter outras vantagens.

Para o clube, os benefícios principais são a arrecadação de dinheiro que as ações geram e a interação com os torcedores. Os NFTs também podem ser usados para isso.

O São Paulo foi o primeiro clube brasileiro a anunciar a venda de ingressos com criptomoedas. Mas o time paulista não foi o primeiro a vender ativos como o fan token, que já tem na lista clubes, como:

  • ● Atlético-MG
  • ● Corinthians
  • ● Flamengo
  • ● Santos
  • ● Cruzeiro

Até a própria Seleção Brasileira lançou sua própria fan token. Portanto, além das vantagens que os torcedores podem ter, é uma boa oportunidade de impulsionar clubes.

O investimento feito por torcedores pode gerar melhorias na estrutura dos times, contratações, pagamentos de dívidas e muito mais. Além do basquete e futebol, Fórmula 1 e outros esportes também aderiram ao investimento por fan token.

Mas é importante lembrar quem tem interesse neste tipo de mercado que se trata de uma aplicação como qualquer outra. Portanto, conheça os riscos, benefícios e tenha muito mais do que a paixão pelo seu time em consideração antes de investir.

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