Alexandre Curi: vitórias em grandes cidades reforçam protagonismo do PSD no PR
Próximo presidente da Alep destaca papel do governador Ratinho Júnior na mobilização e união do partido para conquistar o maior número de prefeituras do Estado
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 29 de outubro de 2024
Próximo presidente da Alep destaca papel do governador Ratinho Júnior na mobilização e união do partido para conquistar o maior número de prefeituras do Estado
Jadir Zimmermann/ADI-PR
Nas eleições municipais de 2024, o PSD consolidou sua liderança nacional elegendo o maior número de prefeitos. A liderança que a sigla conquistou já no 1º turno foi confirmada após o fim das apurações neste domingo (27) em 2º turno.
Essa é a primeira vez em ao menos 20 anos que o MDB é superado por outra legenda em total de prefeituras pelo país. O terceiro lugar ficou com o PP.
No Paraná, o domínio do PSD foi ainda mais evidente. Foram eleitos prefeitos do partido em 162 municípios no 1º turno e, no último domingo (27), os dois maiores colégios eleitorais do Estado, Curitiba e Londrina, também elegeram seus correligionários, chegando a 164 prefeitos dos municípios paranaenses. Somados a 93 prefeitos eleitos por outras legendas e que contaram com o PSD em suas coligações, 257 dos 399 municípios serão administrados por aliados do governador, o equivalente a 64,4% das cidades.
Em entrevista à ADI-PR, o deputado Alexandre Curi, próximo presidente da Assembleia Legislativa, ressaltou a força do partido, que sai destas eleições mais fortalecido e preparado para os desafios futuros. Para Curi, a atuação direta do governador Ratinho Júnior e a mobilização dos prefeitos da região metropolitana foram fundamentais para os resultados obtidos neste segundo turno em Curitiba e Londrina.
Além do desempenho nas urnas, a liderança estadual do PSD aponta para um cenário promissor em 2026. Segundo Curi, o partido, que já administra as principais cidades e possui grandes lideranças na Assembleia e ainda no Executivo estadual, está para avançar mais. O deputado destacou o papel de Eduardo Pimentel, prefeito eleito de Curitiba, como peça-chave na virada do segundo turno, que trouxe ao PSD a oportunidade de continuar o projeto de desenvolvimento e diálogo no Paraná.
ADI-PR: Deputado, como o senhor avalia o desempenho do PSD nas eleições deste ano?
Alexandre Curi: Uma avaliação muito positiva do PSD no Paraná. No Brasil, o maior número de prefeituras, são 876 prefeituras. E aqui no Paraná, disparado, o partido que fez o maior número de prefeitos e prefeitas.
ADI-PR: E em relação ao resultado específico nas principais cidades do estado?
Alexandre Curi: Este domingo, contou uma vitória consagradora nas duas maiores cidades do Paraná: na capital, Curitiba, com Eduardo Pimentel; e na maior cidade do interior, Londrina, com o deputado estadual Tiago Amaral. O PSD sai muito fortalecido, vai administrar as principais cidades do estado do Paraná. Isso é muito bom, pois permite a continuidade desse diálogo que o governador tem com os prefeitos do Paraná. Meus cumprimentos aqui ao governador Ratinho Júnior, nosso presidente estadual do PSD, e a todos os deputados estaduais e federais que tiveram uma participação muito importante. Mais uma vez, o PSD do Paraná sai muito fortalecido.
ADI-PR: Após o resultado em Curitiba, o governador disse que as urnas trouxeram um recado. Qual é a sua interpretação sobre essa declaração?
Alexandre Curi: Nós acompanhamos as eleições e vimos o posicionamento do governador, que, para mim, sai muito fortalecido desse processo eleitoral, não só pelo número de prefeitos e prefeitas que o PSD fez, mas também pela participação ativa do governador no segundo turno, tanto na eleição de Eduardo Pimentel, em Curitiba, quanto na eleição de Tiago Amaral, em Londrina.
ADI-PR: O senhor acredita que esse resultado de 2024 traz uma sinalização para 2026, especialmente no que diz respeito à renovação? A Câmara de Curitiba, por exemplo, passou por uma renovação expressiva.
Alexandre Curi: Observamos a influência das redes sociais e a presença de pessoas de fora do Paraná que vieram denegrir a imagem de nossas cidades. As redes sociais, infelizmente, não permitem o contraditório, pois não há direito de resposta. Fomos muito prejudicados por essas pessoas que utilizaram redes de desinformação e fake news, o que trouxe um grande prejuízo no primeiro turno, especialmente em Curitiba e Londrina.
ADI-PR: E o que foi feito para combater isso?
Alexandre Curi: Nós tivemos que nos reinventar e fizemos modificações no segundo turno. Nos debates com eleitores que dependem do serviço público da Prefeitura, nosso candidato, Eduardo Pimentel, deixou claro que respeitaria todas as ideologias e seria o prefeito de todos os curitibanos. Essa postura foi extremamente importante para a grande virada no segundo turno, garantindo uma vitória com ampla vantagem.
ADI-PR: Podemos destacar também a grande mobilização dos prefeitos da região metropolitana de Curitiba. Qual foi a importância dessa união?
Alexandre Curi: Sem dúvida, a presença dos prefeitos da região metropolitana foi fundamental. O PSD foi o grande vencedor na região, conquistando as três maiores cidades: São José dos Pinhais, Colombo e Fazenda Rio Grande. Essa mobilização começou logo na segunda-feira após o primeiro turno e se intensificou quando nossa adversária apresentou uma proposta de não permitir que a população da região metropolitana utilizasse os serviços de saúde da capital. Isso mobilizou ainda mais os prefeitos.
ADI-PR: Na sua opinião, o que foi determinante para o resultado no segundo turno?
Alexandre Curi: Venceu o bom senso, venceu o candidato mais preparado, aquele que apresentou as melhores propostas e que se preparou para ser prefeito. Nos três debates realizados no segundo turno, Eduardo Pimentel mostrou grande conhecimento sobre a cidade, seus problemas e qualidades, confirmando que Curitiba é uma das cidades mais inteligentes do mundo, mas que, como qualquer cidade, tem seus desafios. Ele foi o nosso protagonista, se preparou, foi bem nos debates e apresentou aos curitibanos a melhor proposta.
ADI-PR: O resultado dessas eleições, aliado à liderança do PSD no estado, credencia o partido para um bom desempenho em 2026. Como o senhor vê isso e quais são os seus planos?
Alexandre Curi: As prefeituras de Londrina e Curitiba, a presidência da Assembleia, e o governador do estado são lideranças do PSD. Todos dessa nova geração de políticos, com menos de 45 anos, ocupando cargos importantes no Paraná. O grande vencedor dessas eleições é o governador Ratinho Júnior, que preside o partido. Todos os deputados e prefeitos foram fundamentais nas eleições de Curitiba e Londrina. O PSD está credenciado para lançar um candidato forte em 2026, e eu já manifestei internamente essa disposição.
ADI-PR: Qual é a sua vontade para 2026?
Alexandre Curi: O PSD do Paraná tem nomes como Rafael Greca, Sandro Alex, Guto Silva, Beto Preto e o vice-governador Darci Piana. Também me coloco entre esses nomes com condições de apresentar meu nome ao partido para disputar o Governo do Estado. Mas sou um homem de partido e acho que ainda é cedo para discutir 2026. A vitória de Eduardo Pimentel fortalece o PSD e representa a continuidade dessa política de paz que o governador Ratinho Júnior conseguiu construir no Paraná. Isso é bom para o estado, pois quando há diálogo entre o governador, a Assembleia e o prefeito da capital, o Paraná avança.
ADI-PR: As pesquisas demonstraram uma migração significativa de votos do campo progressista para Eduardo Pimentel. O senhor acredita que esse aspecto abre um canal de diálogo com a esquerda na próxima gestão?
Alexandre Curi: Eduardo Pimentel foi claro em seu posicionamento como um candidato de direita, mas deixou evidente que governará para todos os curitibanos. Venceu o bom senso. A esquerda entendeu, naquele momento em que seu candidato não foi para o segundo turno, que era melhor para a cidade ter um prefeito que dialogasse com todos, independentemente de posicionamentos políticos e ideológicos.
ADI-PR: Mas como fazer isso num país dividido nas últimas eleições pela polarização?
Alexandre Curi: Eduardo Pimentel respeita o contraditório e agora, como prefeito, vai respeitar os posicionamentos da oposição. Ele conseguiu dialogar com todos: esquerda, direita, centro e até com a extrema direita. Respeitamos todos os posicionamentos, mesmo não concordando com alguns, especialmente alguns jornalistas de fora do Paraná que, sem conhecer a cidade, vieram com um tom agressivo e fake news para denegrir a imagem de Curitiba e de nosso candidato. Vamos manter o diálogo com todos, sempre respeitando as diferenças de opinião.