Do pãozinho do café da manhã até a cerveja do fim de semana, tudo passa pelo campo e pelas mãos de agricultores que dão o seu melhor para levar comida para a mesa do brasileiro. A verdade é que ninguém faz nada sozinho, que é onde a ADAMA e Londrina entram nessa história. O segundo maior polo industrial da multinacional, que produz mais de 186 milhões de litros de defensivos agrícolas todos os anos, fica na cidade.

Há uma década na ADAMA, Romeu Stanguerlin, presidente da companhia, conta que a história da empresa tem uma forte ligação com a cidade de Londrina. Os primeiros passos foram em 1970 com a fundação da Herbitécnica; depois, com a incorporação da Defensa, em 1998, que deu origem à Milenia. Em 2014, a companhia nasceu para o mundo sob o nome de Adama, cujo significado, terra e solo, em hebraico, são pilares fundamentais para a companhia ao longo de todo o seu legado.

Romeu Stanguerlin, presidente da ADAMA: “A nossa história é feita de tecnologia, de inovação e de pessoas"
Romeu Stanguerlin, presidente da ADAMA: “A nossa história é feita de tecnologia, de inovação e de pessoas" | Foto: Divulgação

O presidente pontua que a atuação da empresa é voltada para a produção de defensivos agrícolas, na qual o foco principal é o auxílio aos agricultores no aumento da produtividade. “A nossa história é feita de tecnologia, de inovação e de pessoas. Acho que a parte mais importante que nós temos aqui na ADAMA são as pessoas, que nos últimos anos vêm entregando resultados muito diferenciados para a companhia”, ressalta.

Alexandre Pires, diretor de Marketing da ADAMA, relata que a história da companhia, de Londrina e da FOLHA se confundem em alguns momentos. De Goiás, ele conta que o Norte do Paraná sempre acolheu muito bem a ADAMA, assim como ele, já que quando chegou em Londrina foi entrevistado pela FOLHA para falar sobre oportunidades e desafios profissionais. Na época, ele estava assumindo o cargo de Gerente Nacional de Vendas. “Londrina é um centro de inovação, de tecnologia e de agricultura muito forte, então isso ajudou a ADAMA a escolher essa região como sua sede”, pontua.

TERRA, UM BEM PRECIOSO

Trazendo o solo no nome, a terra é um dos recursos naturais mais preciosos para a ADAMA, já que é de lá que tudo vem. Por conta disso, o programa C.U.I.D.A. (Compromisso pelo Uso Inteligente dos Defensivos Agrícolas) foi desenvolvido e tem como base três pilares: o primeiro é o do cuidado com a lavoura, em que o uso inteligente da tecnologia auxilia na produtividade; o segundo é o do cuidado com a terra, já que é do solo que vem o alimento que alimenta o mundo; e, em terceiro, é o do cuidado com as pessoas, promovendo práticas seguras no manejo dos defensivos agrícolas. Em 2023, mais de 17 mil agricultores de todo o Brasil receberam treinamentos e capacitações sobre as boas práticas de manejo do solo e do uso inteligente dos defensivos agrícolas.

Definindo como uma “cidade acolhedora”, Romeu Stanguerlin afirma que Londrina sempre esteve de braços abertos para a ADAMA, tanto que hoje pode ser considerada como um polo de inovação para a agricultura brasileira, sendo lar de diversas empresas voltadas para o ramo do agronegócio. "Londrina sempre teve muitos pontos positivos de [a companhia] estar aqui e continuar aqui”, afirma, acrescentando que dos quase 700 colaboradores da empresa ao redor do Brasil, pelo menos 40% vivem na cidade.

O presidente detalha que Londrina tem um ambiente favorável para a inovação, com uma infraestrutura que atrai profissionais de todas as áreas. “O nosso Hub de inovação, formulação e desenvolvimento de produtos para o Brasil e toda a América Latina é baseado aqui em Londrina”, ressalta. Atualmente, a sede de Londrina tem 12 locais de produção, que fabricam 186 milhões de litros de defensivos agrícolas por ano, divididos entre herbicidas, inseticidas, fungicidas e biossoluções.

DE LONDRINA PARA A AMÉRICA LATINA

Com a força que o hub de inovação da ADAMA tem em Londrina, Stanguerlin afirma que a principal novidade para 2024 é que, a partir do dia 1º de janeiro, os negócios da empresa desenvolvidos em toda a América Latina vão reportar para a sede de Londrina. “A cidade deixa de ser só o escritório principal ou o hub para o Brasil e passa a ser para a América Latina”, pontua.

Alexandre Pires, diretor de Marketing, lembra que Londrina é um centro muito forte em inovação, tecnologia e agricultura
Alexandre Pires, diretor de Marketing, lembra que Londrina é um centro muito forte em inovação, tecnologia e agricultura | Foto: Divulgação

Todo esse trabalho vem ao encontro com as perspectivas futuras, em que a palavra-chave para a agricultura é a sustentabilidade. Segundo Pires, ao passo em que a demanda por alimentos vai continuar crescendo no mundo, os recursos para a produção desses alimentos são finitos, sendo uma equação que tem um resultado desafiador. “O nosso papel, como ADAMA, é ajudar o produtor a produzir mais com menos, então a gente fala de otimização de recursos naturais e cada vez mais de sustentabilidade”, destaca.

Sobre 2023, o balanço que Stanguerlin faz é de um ano que foi bastante promissor, com destaque para o lançamento de novos produtos no mercado, principalmente de fungicidas para cultivos como a soja e a cana-de-açúcar. "O grande legado de 2023 é que nós continuamos no caminho da inovação”, afirma. “Para nós é importante que as pessoas vejam a ADAMA como uma empresa boa para trabalhar, que tem muita diversidade, que tem muita inclusão e uma empresa inovadora”, pontua.

INSTITUTO ADAMA

Uma forma que a ADAMA encontrou de retribuir a acolhida recebida de Londrina foi a criação do Instituto ADAMA, há 16 anos, que oferece às crianças da região em que a empresa está localizada, na zona leste do município, o acesso a oficinas e cursos no contraturno escolar. Em média, a cada ano, são atendidas 220 crianças de 6 a 16 anos.

São ofertadas 15 oficinas para as crianças, que vão desde dança e musicalização até capoeira, futebol e ludoteca. Também está à disposição a Escola Aprendiz, projeto social para jovens entre 16 e 18 anos, com renda de até um salário mínimo por membro da família. Eles são selecionados para passarem um ano dentro da empresa, conhecem um pouco de cada setor e se desenvolverem profissionalmente.

“Há uma série de ganhos quando a gente faz toda a construção da formação profissional desses jovens, que a escola regular e a família contribuem, assim como o Instituto ADAMA”, pontua Denise Caldeirão, coordenadora da instituição.