Na última semana de abril, o Telegram, aplicativo de mensagens instantâneas, parou de funcionar em território nacional, após decisão da Justiça Federal do Espírito Santo. A suspensão se deu após a recusa do serviço em entregar dados sobre grupos neonazistas que se organizam pelo aplicativo, a pedido da Polícia Federal para uma investigação envolvendo ataques em escolas. Foi imposta multa diária de R$ 1 milhão em caso de descumprimento da ordem de fornecimento de informações.

O Telegram era considerado um espaço de "dark web", onde conteúdos de pornografia, pedofilia, nazismo e apologia a atos extremistas costumavam ser compartilhados entre grupos de forma anônima. Alguns em questão se identificavam como “Movimento Anti-Semita Brasileiro” e “卐 Frente Anti-Semita 卐”, usando o símbolo da suástica.

Fora do ar, o aplicativo foi removido da Apple Store e Play Store no Brasil e não pode mais ser baixado ou atualizado. O Telegram voltou a funcionar no país, após Justiça cassar a liminar, apenas nesta última terça-feira (2).

No Twitter, opiniões se dividem e alguns usuários consideram a determinação da Justiça Federal como censura, fazendo ligações a PL2630, que visa a regulação das mídias sociais. Outros buscam alternativas clandestinas de acessar a plataforma, sem sucesso. Uma usuária postou: "Censura no Brasil correndo solta, Telegram suspenso. Acionem seus VPN’s", se referindo à rede privada virtual. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se manifestou e foi replicado mais de 4 mil vezes.

Veja como foi a repercussão e a opinião dos adeptos do Telegram sobre o caso:

Imagem ilustrativa da imagem O que o Twitter diz sobre o bloqueio do Telegram? A Folha Confere!
| Foto: Reprodução Twitter

O empresário e influenciador Leandro Ruschel também usou a plataforma para expressar a sua insatisfação com o bloqueio do Telegram e obteve grande visibilidade.

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| Foto: Reprodução Twitter

Por outro lado, há quem defenda a suspensão considerando o motivo do banimento do aplicativo. "O Telegram protege nazistas. Quem tá putinho com o bloqueio e possível encerramento do app no Brasil deveria pensar nisso", tweetou uma usuária. "Achei exemplar a suspensão do Telegram no Brasil. Se você defende nazistas omitindo informações sobre suas práticas e assim obstruindo a investigação, você é um criminosos partidário do nazismo", disse outro.

O youtuber e ativista Thiago dos Reis deixou seu posicionamento:

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| Foto: Reprodução Twitter

Alguns não se posicionam diretamente, mas reclamam da falta do serviço de mensagens como instrumento de trabalho, como o influenciador Felipe Tadewald.

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