Crimes envolvendo cartões de crédito no meio digital são bem comuns e com o passar do tempo, novas artimanhas são feitas para conseguir novas vítimas. Um dos mais recentes é vinculado em várias redes sociais e até mesmo plataformas de vídeo em formas de anúncio, que consiste em mensagens tendenciosas e direcionamento à sites suspeitos.

Os anúncios possuem informações de que todos os clientes de certas bandeiras de cartões de crédito que fizeram uso entre 2019 e 2022 poderiam ter seus gastos devolvidos, é disponibilizado um link e lá são direcionados para um site em que dados pessoais são solicitados. Porém, “não há nenhuma normativa pelo Banco Central, que regula as instituições financeiras, para devolver os valores gastos nesse período”, afirma, Angelo Rondina Neto, Professor do Departamento de Economia da UEL (Universidade Estadual de Londrina).

“Geralmente as empresas financeiras que estabelecem algum serviço de cashback (dinheiro de volta) tendem a apresentar algum tipo de relação contratual com o cliente (algum contrato, informe, clube de pontos etc.). Se caso o consumidor não ter assinado ou não ter se lembrado de ter assinado nenhum acordo de prestação desse serviço, é mais provável que se trate de uma fraude e vale a pena ficar atento(a)!”, desmistifica Neto.

Golpes envolvendo cartões são bem recorrentes e podem alcançar inúmeras pessoas e para alertar mais sobre o assunto, o delegado Edgard Hildebrand Soriani, do 1º Distrito Policial de Londrina, trouxe mais informações e dicas para evitar cair em situações como estas:

PHISHING (PESCAR)

Com a chegada da pandemia todos se depararam com as medidas restritivas sanitárias na tentativa de conter o avanço da covid-19, assim, uma das maneiras mais simples de continuar consumindo foram as compras online, e os criminosos também se atentaram nestas demandas.

Phishing consiste em pescar os dados pessoais das pessoas desde o CPF até senhas dos cartões. Para isso, são criados sites que se disfarçam de lojas conhecidas e verdadeiras, ou seja, as vítimas entram nestes lugares acreditando que vão comprar em uma loja idônea, pois todo o layout a estrutura parece real, mas são fraudulentas, com pequenas mudanças que podem se passar despercebidas com alguma vírgula no lugar do ponto e etc.

Então, os dados colocados ali são usados “para vender para outras quadrilhas que farão compras ou para própria pessoa”, informa Soriani.

PROMOÇÕES EXTRAORDINÁRIAS

Produtos mais desejados e datas comemorativas são um prato cheio para criminosos para conseguirem mais vítimas. Atuam em “plataformas conhecidas como facebook e instagram, no qual eles fazem estes anúncios, e pagam para estas plataformas para que o anúncio fique lá, como promoção”, alerta Soriani.

Com isso, as pessoas acham que estão comprando um produto muito almejado por um preço muito abaixo do mercado, mas na verdade está sendo prejudicada pela perda do dinheiro e por esta compra que nunca vai chegar.

ATENÇÃO É ESSENCIAL

Pesquisar sobre a loja e produto que está comprando em locais como o "reclame aqui", conferir se existe política de troca ou devolução, onde é localizada é a loja física, possuir algum tipo de seguro no cartão também é um grande diferencial.

“Se o preço é muito inferior, cuidado com os sites, prestando atenção com os pontos e vírgulas, se o nome está realmente correto”, conclui Soriani. A desconfiança e atenção são as maiores aliadas para não cair em golpes como estes.

VEJA VÍDEO DO BANCO CENTRAL QUE ESCLARECE A QUESTÃO:


Estagiária sob supervisão de Patrícia Maria Alves/Editora

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