Vários artigos científicos em diversos países vêm notando que grande parte do trafego da internet é usado para a pornografia e pela deep web, nome dado para uma zona da internet que não é monitorada e onde se encontra muitas ilegalidades. O trafego da internet é um conjunto de troca de informações seja de documentos, de transferências bancárias, de mídias, de blogs e redes sociais, de órgãos da educação, etc. Nunca antes na história da humanidade houve uma troca de informações tão rápida e vasta quanto a internet nos possibilita hoje. Acesso a arte, educação e informações viajam em alta velocidade hoje em dia, mas mesmo assim grande parte de todo esse potencial que dispomos é usado para alimentar fóruns ilegais e a pornografia.

A pornografia existe e na verdade sempre existiu, não é algo novo e muito menos inventada pela internet. Ela é algo que acompanha nossa civilização e que sempre acompanhará. No entanto, o potencial que a internet nos oferece ainda não é plenamente usado. Temos um recurso (internet) que nos dá a possibilidade de utilizarmos cada vez mais a serviço do nosso desenvolvimento em várias áreas, mas que não se realiza. Isso ocorre porque é reflexo do que acontece no maior recurso que dispomos e que não utilizamos a contento: a nossa mente.

Vivemos mal e isso a maior parte das pessoas consegue perceber, mas possuímos uma mente que nos permitiria viver muito melhor. No entanto, não fazemos um uso inteligente de nossa própria mente. Ela é desperdiçada e se embrenha em caminhos tortuosos que levam a muito sofrimento desnecessário. Muito mais complexo que a internet é a nossa mente, porém tal qual a internet não sabemos aproveitá-la bem.

Quando existe algo bom e complexo que não é aproveitado o suficiente cria-se um desperdício. Desperdiçamos muito do nosso potencial. Uma triste verdade.

Não adianta termos um recurso tão intricado e cheio de possibilidades quanto a mente e não a usufruir devidamente. Só que a mente não se usa sozinha, ela não se faz sozinha, mas precisa de alguém que a use, que aprenda como usá-la.

Imagine uma pessoa com um smartphone de tecnologia avançada, cheio de recursos. Contudo, se ela só usar uns pouquíssimos recursos que estão ali disponíveis muito potencial se perde. Muitas pessoas até têm smartphones de última geração, mas não sabem usa-los, não sabem explorá-los de forma mais profunda. O mesmo acontece quando não usamos nossas mentes.

Quando me refiro a mente aqui não quero dizer apenas sobre a mente racional, aquela que nos ajuda a formular raciocínios ou operações lógicas, mas a mente como um todo que nos permite pensar sobre nós mesmos. Pensar sobre nossas emoções, nossos sentimentos, sobre como nos relacionamos e como nos posicionamos frente à vida. De nada adianta saber coisas lógicas se não conseguimos pensar o que sentimos. Pensar sobre o que sentimos nos dá a chance de lidarmos com a vida de uma maneira muito mais inteligente e menos custosa. Isso é de extrema importância se queremos viver bem e não desperdiçarmos tanto o que há de potencial dentro de nós.

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A opinião do colunista não é, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina

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