Imagem ilustrativa da imagem Carta de um ex-fazendeiro católico (2)
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A Avenida Paraná publica hoje a segunda parte da carta do homem que teve a vida devastada pelos sem-terra apoiados por padres esquerdistas. Como vocês verão, é um testemunho estarrecedor e revoltante:

“Na décima sétima invasão de nossa fazenda pelos sem-terra, a Procuradoria Estadual conseguiu uma tutória antecipada de 30% da propriedade, o que instalou definitivamente os invasores dentro da área. Agora, além das ameaças, os roubos passaram a ser cotidianos. Não se engane: tudo foi devidamente registrado na Polícia Civil, nos autos dos processos e toda a sorte de registro legal. Sem frutos, como de hábito, pelo descaso das autoridades com o cumprimento das leis. Registre-se que as paróquias católicas das cidades vizinhas apoiavam o movimento, dando-lhes guarida e suporte incondicional, cinicamente esquecendo de quem as suportava nos seus momentos de necessidade. Como se não bastasse, estive muito próximo de testemunhar o assassinato de um amigo durante os conflitos na região, morte essa que lamentei profundamente.

Depois de muitos anos de luta na Justiça, nossa fazenda foi desapropriada pelo Incra. É certo que não foi um acordo pacífico: vivíamos com uma espada sobre nossas cabeças... optamos pela saída menos conflituosa, recebendo uma importância cinco vezes menor do que o real valor da terra, mas preservando nossa integridade moral e física. Os larápios se aproveitam de nossa passividade e do respeito que temos à valores intocáveis.

Por muitas vezes fui instado a enfrentá-los como numa guerra, com armas e balas, mas nossos valores cristãos nos mostravam que este não seria o caminho correto. Os invasores, apesar do mal que nos causaram, eram massa de manobra, inocentes utilizados por mentes doentias, ignorantes úteis.

Como jamais deixamos de fazer, continuamos residindo em Londrina e a frequentar nossa Igreja, que nunca abandonamos. Porém aí nos esperava um novo dissabor: Deus sabe com que sentimento de revolta testemunhei o padre de nossa paróquia fazendo homilias em defesa dos sem-terra e das políticas esquerdistas que tanto mal fizeram à nossa família e ao país inteiro. Sim: porque esses militantes não se limitaram a destruir nossa fazenda; eles chegaram ao poder e saquearam o país! Eu e minha esposa, indignados com a situação, decidimos frequentar outra paróquia, até que o padre esquerdista fosse transferido. Apesar de tudo, tínhamos a certeza de que a Santa Igreja de Jesus não é portadora dessa mensagem: apenas alguns padres perdidos no seu foco e se prestando a disseminar o mal.

Infelizmente, sei que muitos padres continuam fazendo o mesmo tipo de proselitismo dentro da Igreja. Usam o altar sagrado de Nosso Senhor Jesus Cristo para propagar ideias e programas políticos estranhos à nossa fé. Substituem Cristo pelo partido, e Nossa Senhora pela ‘mãe-natureza’.

Por isso, uno meus esforços aos verdadeiros católicos, leigos e padres, que desejam ver a nossa Igreja livre desse mal político que divide a sociedade e corrompe a fé. De tudo que sofri juntamente com minha família, resta uma certeza: hoje sou um ex-fazendeiro, mas jamais serei um ex-católico.”