Imagem ilustrativa da imagem A revolução das pessoas comuns.
| Foto: Paulo Briguet


“As notícias sobre a minha morte foram muito exageradas.”
(Mark Twain)


Eu vi a revolução com os meus próprios olhos — e ela é pacífica, ordeira, bem-humorada, corajosa, bela como uma tarde de sol. Não é uma revolução do ódio, do ranger de dentes, da destruição; mas também não é a da malandragem, da esperteza e da hipocrisia. É a revolução conservadora brasileira. Uma revolução feita por pessoas comuns, filhos de Deus que amam a vida, o trabalho, a família, a democracia, a liberdade, o país.


Estive na Avenida Paulista em pessoa, mas meus pensamentos estavam também no Rio, em Curitiba, em Salvador, em Belém, em Belo Horizonte, em Porto Alegre, em todos os lugares deste país em que um garoto chamado Antônio Costa, meu bisavô, foi deixado sozinho há 120 anos. Mas, sobretudo, meu coração estava na minha amada Londrina, que mais uma vez deu uma lição de civismo e civilidade — sinto orgulho da nossa cidade! Como se não bastasse, o orador mais aplaudido na Paulista foi um londrinense: o meu amigo Bernardo Pires Küster. Sei disso porque estava ao lado dele.


Dias atrás, quando disse que não era conveniente subestimar Jair Bolsonaro, eu estava falando sério. Ontem, o nosso atual presidente, eleito contra a vontade de todas as máfias que controlam o país, mostrou que não apenas está vivo, mas vai implantar todo o seu programa de reformar para nos salvar do caos e recolocar a nação no caminho da prosperidade, paz e justiça. Os traidores choraram no banho.


Muitos diziam que as manifestações seriam um fiasco, um tiro no pé: erraram, e devem ter a humildade de admitir o erro. As unidades se uniram em dezenas, as dezenas de uniram em centenas, as centenas se uniram em milhares, os milhares se uniram em milhões. O Brasil mostrou que não está disposto a retroceder um centímetro no caminho da redenção. A célebre fórmula do escritor Paulo Mercadante — “Não parar, não precipitar, não retroceder” — mostrou-se mais precisa do que nunca.


Por falar em escritor, o dia de ontem foi também a redenção de um homem chamado Olavo de Carvalho. O nome do maior intelectual brasileiro foi repetido inúmeras vezes pela multidão: “Olavo tem razão! Olavo tem razão!” Milhares de cartazes, em todo o país, repetiram o refrão sobre o líder da revolução brasileira (quem o definiu assim não fui eu; foi o ministro Paulo Guedes).


E foi exatamente na Avenida Paulista, durante uma palestra no MASP, em maio de 1990, que Olavo teve o impulso inicial para escrever “O Jardim das Aflições”, sua obra-prima. No livro, Olavo fala sobre a luta contra um império — o império da malícia, do egoísmo e da mentira — que é justamente a guerra travada pelo povo brasileiro para salvar a si mesmo e às futuras gerações.


Foi um domingo histórico, um domingo de ressurreição. Na tarde de ontem, voltei a acreditar na possibilidade do país sonhado por José Bonifácio, nosso fundador.