O engenheiro Romeu Demattè Jr foi secretário de Urbanismo, Obras e Viação, entre 1977 – 1980, de Londrina. Ele destaca para a Coluna obras estruturais contidas no 1º Planejamento Urbano da cidade. Os londrinenses lembram de que onde hoje é a rodoviária era a Vila Matos, antiga zona do meretrício, uma das maiores e mais famosas do país em anos anteriores. Demattè diz que a rodoviária começou a ser concebida após a escolha do local, por ser uma região central socialmente deteriorada, apresentava um baixo custo nas desapropriações, duplamente bom para Londrina. “Em seguida, escolhemos o arquiteto Oscar Niemeyer pela sua experiência acumulada”, relata. O ex-secretário conta que lhe fez uma pergunta: por que sua pré-concepção para a rodoviária é redonda? (Foto). Ele,com muita simplicidade, respondeu: “Bem, eu fiz a do Rio de Janeiro, a de São Paulo, a de Brasília e nelas o trafégo de carros cruza com o de ônibus, de maneira que a de Londrina, e fazendo um círculo à direita e outro à esquerda numa folha de papel, os dois anéis através de um único viaduto evitam os encontros entre carros e ônibus”. E assim nascia esta bela obra de engenharia, um exemplo até hoje, 45 anos depois. No encontro das duas principais avenidas arteriais da cidade, Av Dez de Dezembro e a Av. Leste Oeste está a rodoviária, local estratégico. Como uma das principais obras da época aparece também a “variante ferroviária”, que permitiu retirar o trilho que cortava Londrina, dividindo a cidade de baixo e a de cima da linha. Com isso, nasceu a avenida estrutural Leste Oeste, denominada Av. Dom Geraldo Fernandes. E por falar no arcebispo, o engenheiro se lembra quando ele pediu: Romeu, leve pelo menos calçadas e meio fio para os meus pobrezinhos dos Cincos Conjuntos.” Para surpresa dele, tínhamos um projeto de execução de avenidas como a Saul Elkind, a das torres e aquelas que ligavam estas ao centro, ou seja, muito mais que calçada e meio fio, levamos asfalto, arborização, praças e creches, além do maior projeto do sul do Brasil com 25.000 casas, os conjuntos habitacionais”, relata Dematté. Ele também analisa que o saneamento das áreas baixas (Vila Portuguesa, Zerão, Rubi e o próprio Lago Igapó) contribuíram enormemente para uma ocupação saudável destes fundos de vale transformando-os em parques e jardins. O desassoreamento também do Lago Igapó foi realizado com intuito de retirar a lama poluída do fundo da represa. Outra exigência que o ex-secretário faz questão de citar é a tramitação de uma lei que não mais permitia loteamento nascer, sem toda a infraestrutura totalmente realizada pelo loteador, liberando a prefeitura de obras como asfalto, galeria, calçadas e arborização. Outras obras também fizeram parte do 1º Planejamento Urbano de Londrina. Entre elas, o pool de combustíveis e as melhorias dos acessos aos distritos. Demattè dá uma cutucada.” Naquela época já prevíamos um pré-metrô na cidade, Londrina continua merecendo. Estamos convictos de que com muito trabalho e disposição fizemos parte da estruturação desta cidade, somos pés vermelho de coração”, conclui.

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AMÉRICAS: LIVRETO IMPRESSO POR GUTEMBERG BATIZOU CONTINENTE

Não foi uma fake news, mas Cristóvão Colombo descobriu as Américas, segundo os historiadores, e foi seu auxiliar Américo Vespúcio quem ficou com a gloria de ter seu nome batizando o novo continente. É que o esperto Americo Vespúcio fez seus relatos, imprimiu os detalhes que tinha anotado e os imprimiu na prensa de Johan Gutemberg e seu livreto-documentário e o nome dele foram espalhados pelo mundo conhecido. O continente passou então a ser chamado de Américas. Sobrou para Américo o prazer de ver seus habitantes denominados de “americanos” Cristóvão Colombo foi o primeiro injustiçado do Mundo Novo. Assunto que é discutido até hoje em universidades de Portugal da Espanha e da Itália.

Mais uma obra literária

Da cantora lírica Mimi Luck recebo sua última publicação: Mosaico de Lembranças, obra prefaciada pela professora doutora de Niterói, Márcia Maria de Jesus Pessanha. Paulista de nascimento, Mimi Luck radicou-se em Londrina em 1952, quando se casou com o engenheiro dinamarquês Ludolf Luck. Com formação em canto lírico, participou ativamente dos eventos e movimentos culturais da cidade. Doutora Honoris Causa da UEL, a última obra literária de Mimi Luck tem tudo a ver com Londrina. Afinal, ela tem grandes lembranças, pois viveu muitos anos aqui até aposentar-se e radicar-se em Niterói.

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TODO CUIDADO É NECESSÁRIO COM AS ASSINATURAS EM TRANSAÇÕES

Automóvel e outros veículos são como casa, apartamento, chácara, terreno e etc. É o patrimônio de uma pessoa, da família. Por isso, quando a Câmara dos Deputados cria uma lei que dispensa reconhecimento de assinaturas de vendedores e compradores de veículos, todo o cuidado é necessário. Pois, sem o reconhecimento de firma por um tabelionato, de um cartório, é bem mais fácil para os “menos sérios” atuarem no ramo. Já soubemos de gente de Londrina que, por exemplo, comprou carro, que tinha sido roubado duas vezes. E de pessoas que compraram terras na região Norte do Paraná e Noroeste do estado também, que já estavam no “terceiro andar”. A malandragem sempre atuou no setor de imóveis, com a vantagem da “lex” é dono quem registra. Por isso, quando comprar alguma coisa de alguém, exija documentação correta e de preferência assinaturas reconhecidas em cartório, para evitar a falsificação e uma grande dor de cabeça. Todo cuidado com as facilidades em qualquer negócio que envolve dinheiro, patrimônio, que custa a ganhar. A pequena taxa que a pessoa paga em tabelionato e cartório pelas conferências de assinaturas, se é verdadeira ou falsa, é a garantia do seu “santo dinheirinho”. Disse Rui Barbosa a seus alunos: “A lei, ora a lei!”

O livro sobre polêmico sacerdote

O jornalista Eli Araujo (foto), ex-Folha, está lançando um livro sobre um dos sacerdotes mais atuantes e mais polêmicos que o Brasil já teve. O livro “Aventuras de um missionário inquieto” retrata a vida e a obra do padre Alfonso Pastore, criador do ECC - Encontro de Casais com Cristo e fundador de centenas de pequenas comunidades em várias cidades do País. O padre causou polêmica por defender os direitos dos presos, por ser crítico do curso de noivos e por querer o leigo engajado na administração das paróquias. As histórias sobre o sacerdote foram escritas no formato de notícia, intercaladas com testemunhos de pessoas que conviveram com ele. A obra surge em um momento em que se inicia uma mobilização para pedir a abertura do processo de beatificação do padre Alfonso. O livro tem 408 páginas e custa R$ 79,00. Informações pelo WhatsApp 43- 98445-5184

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| Foto: Rafael Fischer - Divulgação

Para obras, ações e projetos

O prefeito Marcelo Belinati com a deputada federal Luísa Canziani e seu pai, Alex Canziani, secretário municipal de Governo. Foi durante reunião de trabalho em que a deputada apresentou uma prestação de contas do seu mandato, com as principais ações realizadas para Londrina. Em três anos foram mais de R$ 60 milhões em recursos para obras, ações e projetos para as áreas de saúde, educação, infraestrutura, mobilidade urbana, agronegócio e esporte. Luísa ajudou a viabilizar importantes conquistas para o município, como a obra de transposição das avenidas Leste-Oeste com Rio Branco, o Projeto Rua Sergipe Inteligente, além da liberação de mais de R$ 11 milhões para o Instituto do Câncer.

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1º PIQUENIQUE DA AFEL

A Associação Famílias Especiais de Londrina vai promover o 1º Piquenique da AFEL. O evento visa aproximar as pessoas com deficiência e familiares em um momento de descontração, troca de experiências, para cada um se sentir parte da comunidade PCD.O piquenique é neste sábado (dia 19), das 15h às 18h, no aterro do Lago Igapó, ao lado dos brinquedos inclusivos - Rua Prof. Joaquim de Matos Barreto. Para participar do 1º Piquenique da AFEL, as famílias precisam fazer a inscrição pelo link https://doity.com.br/1-pic-nic-da-incluso-afel. A participação é gratuita.

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Muito obrigado a Vitor, responsável pela Internet da Sercomtel, que resolveu o problema que enfrentamos com a queda contínua do serviço.

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O ator Zé de Abreu, odiado por muita gente porque cuspiu em casal que jantava em restaurante de São Paulo, está com boa atuação na novela “Um lugar ao sol”. Ao defender a não cassação de Dilma, disse que apanhou mais do que bateu...

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Perguntado sobre a “terceira via para o Brasil”, José de Abreu respondeu a um amigo que o entrevistava: “É a do acostamento... São raras as estradas que têm três pistas...”

O planeta em que vivemos

A alemã Merkel desligou suas usinas nucleares. Agradou ao povo germânico, mas agora perceberam que será ruim para eles, se a Rússia cortar o gás.

Incrível: a Bolívia também mandou dizer a Putin que apoia o que ele decidir. A Argentina está, até agora, em cima do muro.

Joe Biden mandou soldados para a Polônia, para proteger bases militares que tem por ali na região.

A Suécia passou a cuidar melhor de suas duas ilhas, pois os russos estão de olho há anos, desde os tempos de Krushev

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Lei marcial no Canadá, para fazer com que caminhoneiros deixem livre a fronteira com os Estados Unidos. Essa lei não era ativada há 30 anos.

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Perguntaram a um cidadão, na loja de louças fabricadas em Campo Largo, na Avenida Madre Leônia: o que fez você sentir-se mais brasileiro? A resposta não demorou: “Foi a seleção de 1970, de Pelé e Gerson, campeã mundial de futebol no México. Nada no país me deixou tão eufórico....”

Se for a S. Paulo não deixe de ver

Advogados, estudantes de direito e público em geral estão aplaudindo a peça “A Pane”, que está em cartaz no teatro da Faap, em são Paulo. A peça mostra, de forma divertida e incômoda, as falhas humanas da Justiça. O texto do suíço Friedrich Durrenmatt, que escreveu um conto, foi adaptado ao teatro e faz sucesso. A peça mostra a encenação em um tribunal, em que juristas aposentados simulam suas antigas ocupações com um comerciante, que vai a julgamento. Se for à capital paulista, aproveite a chance, se puder, e não deixe de vê-la.

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A opinião do colunista não é, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina

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