Presidente da Rural lamenta a morte do pioneiro Herbert Bartz
PUBLICAÇÃO
sábado, 30 de janeiro de 2021
Oswaldo Militão
Um dos mais importantes pioneiros do Brasil no Sistema de Plantio Direto na Palha, o produtor Herbert Bartz faleceu na madrugada dessa sexta-feira (29), por falência múltipla de órgãos, aos 83 anos, em Rolândia, onde residia e tinha sua bem cuidada propriedade. Ele deixa a esposa, Luíza, a filha, Marie, e o filho, Johann Bartz. “A história de Bartz deve ser reverenciada pelo legado que deixou. Ele foi um visionário e é uma grande referência no plantio direto, com um papel importantíssimo para o desenvolvimento de tecnologias que proporcionaram o grande avanço da técnica no Brasil”, comenta o presidente da Sociedade Rural do Paraná, engenheiro Antônio Sampaio.
Bartz é considerado pioneiro em utilizar o plantio direto em escala comercial na América Latina. Nascido no Brasil, mas criado na Alemanha, onde viveu durante a 2ª Guerra Mundial, costumava fazer relatos dos horrores da fome, do frio e mortes. A família retornou ao Brasil no início da década de 60 para se estabelecer como produtora rural. Herbert nunca se conformou em perder terra para a erosão. E não poupou esforços para buscar solução para o problema que ameaçava levar o solo rio abaixo. Foi atrás de solução, com recursos próprios, na Europa e nos EUA, onde encontrou o que buscava: a técnica No-Tillage, que no Brasil se tornou Plantio Direto. Mas só isso não era suficiente, pois no país não havia implementos agrícolas que propiciasse o plantio na palha, e a máquina que trouxe dos Estados Unidos não funcionava para o solo argiloso de sua propriedade. E ainda tinha as invasoras, que precisavam de agroquímicos que penetrassem no solo.
Todos os problemas não paralisaram o produtor conhecido como “o alemão louco”. “Sua persistência colaborou de forma essencial para o desenvolvimento de tecnologias que são responsáveis, sem dúvida, pelo que é nossa agricultura hoje”, declara Sampaio. Este Colunista lembra que Bartz sempre defendeu o direito de propriedade e não concordava com as invasões de terras, orquestrada pelos esquerdistas antidemocratas do país. Tanto que na histórica marcha a Brasília dos produtores rurais, lá estava ele, na delegação da UDR do Norte do Paraná. Disse-me, certa vez, que "o governo federal deveria comprar terras improdutivas, pagar o preço justo, e depois vendê-las a longo prazo para os verdadeiros trabalhadores rurais, e não para aproveitadores de invasões, para depois vendê-las...” Bartz era uma cabeça privilegiada. Que Deus o tenha.
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Em petit comité
Em comemoração durante petit comité, a advogada Ana Lucia dos Santos Silveira, com a jornalista Lia Mendonca e a deputada federal Luisa Canziani. Na animada conversa, assuntos de Brasília, onde Luisa, filha de Ana Lucia e de Alex Canziani, é a mais jovem parlamentar paranaense.
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PALESTRA ADIADA
O Sinpro Londrina informa que a palestra com o professor Miguel Nicolelis foi adiada para o dia 6 de fevereiro. Ele é um dos nomes mais respeitados no campo da Neurociência e falará sobre o tema "O impacto do Ensino à distância em tempos de pandemia". O encontro é dirigido a educadores, pais e interessados em formato on-line. Médico e cientista, o professor Nicolelis lidera um grupo de pesquisadores da área de Neurociência na Universidade Duke (Durham, Estados Unidos), no campo de fisiologia de órgãos e sistemas. O evento é gratuito. Para participar é necessário fazer inscrição pelo Sympla: https://is.gd/palestrasinpro.
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FLÁVIO MELO
Vitimado por AVC, faleceu nesta semana em Londrina o engenheiro industrial Flávio Melo, que foi, há tempos, dedicado diretor do Hospital Evangélico de Londrina. Era são-paulino. Deixa viúva a esposa Edna, na foto com ele, filhos e netos. Que Deus lhe dê muita paz.
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Pagamento de médicos em atraso
Um dos assuntos muito comentados na comunidade médica local é o atraso do pagamento de médicos da Santa Casa de Londrina. De acordo com relatos, alguns profissionais plantonistas e anestesistas estão sem receber há três meses.
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Grandes eventos da pecuária
Os pecuaristas Alexandre Turquino e José Moacir Turquino (foto) já definiram a agenda dos leilões 10 Marcas para o primeiro semestre de 2021. No dia 20 de março (sábado), leilão virtual 10 marcas Paraná, às 14 horas, com transmissão pelo canal Terra Viva. Neste remate serão ofertados 2.000 animais selecionados na qualidade e raça. Todo gado foi filmado no Paraná. No dia21 de abril (quarta-feira), leilão virtual 10 marcas MS, às 14 horas, também pelo canal Terra Viva, com oferta de 3.000 animais, filmados no Mato Grosso do Sul. Alexandre Turquino lembra que nos dois leilões haverá oferta de cruzamento industrial Angus, Nelore e fêmeas para matrizes. São grandes eventos da pecuária de corte nacional.
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HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL – PARTE 2
Segue a história do Brasil… D. Pedro I abdica do trono em 7 de abril de 1831, partindo para a Europa, e seu filho D. Pedro II torna-se Rei aos 5 anos, mas cujo Reinado será administrado por uma Junta de três Regentes e com a colaboração, entre outros, do Ministro da Justiça, Padre Diogo Antônio Feijó, e somente em 1840 D. Pedro II, com quatorze anos de idade assume o Trono Real.
Ombreando a história do Brasil, Irineu Evangelista de Sousa, nascido no Rio Grande em 28 de dezembro de 1813, órfão de pai aos nove anos, segue com o tio João Rodrigues Pereira para o Rio de Janeiro, onde trabalha de caixeiro e logo passa a caixeiro de escritório, e aos 15 anos já é um exímio conhecedor dos segredos do comércio no Brasil, e então passa a trabalhar com o comerciante Richard Carruthers – adepto das ideias de Adam Smith Smith.
Em pouco tempo Irineu já dominava os segredos da língua inglesa e aprendido a calcular juros compostos em libras, e embevecido com estas ideias do capitalismo triunfante, vira que contrariava frontalmente toda a formação pregressa de adolescente, regida pelos valores tradicionais do paternalismo o qual deixara para trás. E aos 22 anos de idade já sabia de todos os meandros do comércio e da indústria internacional e torna-se sócio de Richard Carruthers, pois o mesmo decidira voltar para a Escócia.
E então Irineu Evangelista de Sousa, com 38 anos, funda no dia 2 de março de 1851 o Banco do Commercio e da Indústria do Brasil, para isto baseado no novo Código Comercial, que previa a formação de Sociedades Anônimas. Ele mesmo dera início à redação da S.A. somente com acionistas particulares, porém o parlamento de fachada, subserviente de D. Pedro II - na redação final cioso desta “ideia perigosa” - resolveu colocar uma série de salvaguardas para que “o interesse público” não fosse afetado.
Convém lembrar que o mesmo já experiente Irineu redigira a Lei de Terras no ano anterior. Com um capital de 10.000 mil contos de réis, o Banco do Commercio e da Indústria do Brasil já nascia grande, pois com capital cinco vezes maior que seu único concorrente na Praça, o Banco Comercial - que não financiava a produção, funcionava mais como uma caixa central de descontos para os grandes comerciantes, fundado por um grupo de comerciantes alguns anos depois da extinção do Banco do Brasil.
Além do capital vultuoso que fora criado, o mesmo equivalia a um terço do orçamento do Império para 1851, convergia para alimentar as forças produtivas do País, e no meio do caminho o nome tinha mudado para Banco do Brasil. E já em 1852 Irineu Evangelista de Sousa já era conhecido como o maior Banqueiro e Industrial do Brasil, que além da ordem de Cristo a que fora agraciado no passado por D. Pedro I e agora recebe o título de Barão de Mauá por D. Pedro II, o qual fora convencido pelo Visconde de Bom Retiro, Luís Pedreira do Couto, a nobilitá-lo no dia da primeira ferrovia brasileira construída por Irineu Evangelista de Sousa, inaugurada em 30 de abril de 1854.
D. Pedro tinha prevenção contra Irineu Evangelista de Sousa, invejava seu sucesso, pois entre os amores reais não estava a doutrina da economia nem a ciência aplicada que tanto fascinavam Mauá. Para D. Pedro II, tudo que Mauá pregava com afinco era coisa menor, o que importava para D. Pedro II era sobretudo o intelectual e o cientifico, por onda destas crenças deu para estudar mais de 10 línguas (do tupi ao sânscrito), estudava física e química, estudava paleontologia.
Como os mistérios humanos são insondáveis, D. Pedro II tinha certo o alvo para mirar - Mauá -, daí que em 17 de maio de 1853 D. Pedro II apresenta um projeto em que dizia que queria um Banco oficial feito com dinheiro de particulares, com capital de 30.000 contos de reis, presidente nomeado diretamente pelo Imperador. Dada a “natureza da imperfeição dos dois Bancos existentes”, que queria suprimi-los, dia 30 de maio o Banco Comercial já tinha se rendido em troca de empréstimo de tesouros e em 31 de agosto foi publicado o decreto que determinava a fusão dos Bancos, e tudo ficaria para o Governo: capitais, móveis, funcionários treinados, até o nome.
O Banco oficial se chamaria também Banco do Brasil e em troca Irineu receberia um lote de ações do novo Banco.
Por Ricardo Galvão Sampaio Mota
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Rua Inteligente
A Prefeitura de Londrina, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu assinaram, dias atrás, um acordo de cooperação técnica para a implantação do projeto “Rua Inteligente” na cidade. O prefeito Marcelo Belinati já assinou os papéis. Entre as autoridades presentes estavam o presidente da ABDI, Igor Calvet; o diretor de Inovação e Negócios do Parque Tecnológico Itaipu, Rodrigo Régis; e a deputada federal Luisa Canziani, que ajudou a viabilizar o projeto. A iniciativa prevê a modernização da Rua Sergipe, com a implantação de dois semáforos inteligentes, a instalação de cinco luminárias dotadas de tecnologia de dimerização que permitem o controle da intensidade da iluminação. O projeto também preconiza a colocação de câmeras com capacidade de reconhecimento facial e de placas de veículos, implementação de um software do tipo “muralha digital” que servirá para o monitoramento e vigilância da região e a disponibilização de rede de wi-fi aberta, com testes para a tecnologia 5G. Os recursos para a implementação do projeto (R$ 4,4 milhões) virão da ABDI. Na foto, o consultor especial da ABDI, Tiago Faierstein, ladeado por Luciano Kühl e Fabian Trelha, diretores da Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento de Londrina, onde deverá ser montado o Centro de Controle de Operações do projeto.
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RECADOS DOS LEITORES
“Uma sementinha que sua prestigiosa coluna pode plantar como sugestão. Quem na hora do desespero, da aflição, tem cabeça para se lembrar e escolher números de emergências? Pois penso que o Brasil poderia seguir exemplo dos Estados Unidos e unificar todas as emergências (lá, como é conhecido até por nós aqui, é o 911) para um único número, e cabendo a uma central redirecionar ao órgão competente. Forte abraço do leitor José Roberto Brunassi, advogado em Londrina”
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“Muita tristeza nos envolve com o falecimento do querido professor, extremamente ético como colega e na vida, Axel Werner Hulsmeyer, fundador do Hospital ortopédico. Vai-se o corpo deste incansável médico que com 80 anos ainda realizava muitas de suas belas e lisas cirurgias de coluna vertebral.
Vai-se o corpo, ficam os ensinamentos trazidos do Rio de Janeiro e Bologna, Itália, de onde trouxe a técnica refinada cirúrgica e a perspicácia no conhecimento da arte.
Vai-se o corpo, mas miticamente seu nome perdurará entre seus pacientes e os ortopedistas que tiveram o prazer do aprendizado.
Professor, esteja com Deus.”
Dal Molin
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“Olá, Oswaldo Militão. Fui de carro a Curitiba nesta semana e pude ver o canteiro de obras na Rodovia do Café que passa pelas cidades de Ponta Grossa e Campo Largo. Viadutos, alargamentos da rodovia, sem falar no contorno de Campo Largo. Fui também a Paranavaí e vi a rodovia toda duplicada, com viadutos, trincheiras, ou seja, estrada de primeiro mundo. E nossa Londrina com estradas vergonhosas, criminosas, pistas simples, pedágios mais caros do Brasil. Vejam nossas estradas, uma vergonha a de Mauá da Serra, de Ourinhos, de Assis. Verdadeiras estradas da morte. A problemática e revoltante BR-369, que passa por dentro de nossa cidade. Por que ainda não temos um contorno desviando esse trecho da cidade? Pergunto: onde estão os políticos e as lideranças de Londrina? Tivemos o Beto Richa, londrinense, governador por 8 anos, o “eterno senador” e ex-governador Alvaro Dias, londrinense, governador por 8 anos, entre outros, e que nada fizeram para a região de Londrina. E os atuais, o que fazem? É muito triste!”
Sidney Girotto, médico
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O médico veterinário Cristian Felipe Ferraz (foto), formado pela UniFil no ano passado, é o novo chefe do setor de Vigilância Ambiental da 17ª Regional de Saúde de Londrina, com abrangência de 21 municípios. Entre as atribuições, diz ele, agravos ambientais que interferem na saúde pública, como doenças transmitidas por vetores, zoonoses, intoxicações e acidentes causados por animais peçonhentos. “A UniFil me deu a bagagem necessária para chegar até aqui”, comenta. “É um profissional que assume função estratégica de alcance regional e valoriza a profissão. Mostra que soube aproveitar as oportunidades de aprendizado, conseguindo em pouco tempo ascender na carreira”, afirma Fabiane Sabino, coordenadora de Medicina Veterinária.