“Meu governo tem os olhos postos no mundo, mas em primeiro lugar no Brasil”

Presidente Jair Bolsonaro, em discurso para os líderes dos países do grupo do BRICS

Câmara já ‘matou’ 43 projetos contra ‘caixa dois’

Os deputados federais fogem da criminalização do “caixa dois” como o diabo da cruz. Até agora, eles já “mataram” 43 projetos sobre o assunto. O primeiro é datado de 2009. E logo trataram de exterminar esse ponto do Pacote Anticrime do ministro Sergio Moro (Justiça). Por ser de Moro, que a maioria da Câmara teme e detesta, e por criminalizar o caixa dois, claro. E sempre se utilizam de uma velha jogada: fazem tramitar juntos, “apensados”, projetos sobre mesmo tema, condenando-os às gavetas.

Engrenagem rápida

O projeto de Moro foi apensado um mês após ser apresentado e, seis meses depois, estava engavetado com os demais 43 projetos.

Jogo rápido

O projeto que criminaliza arrecadar ou usar dinheiro ou bem em contabilidade “paralela” previa pena 2 a 5 anos. Já foi para o saco.

Projeto esquecido

Há quase 11 anos, no governo Lula, projeto do então deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) tentou criminalizar o caixa dois. Foi para a gaveta.

Maia, o ‘zagueiro’

Requerimentos de “desapensação” e votação são apresentados, mas prontamente rejeitados pela Mesa Diretora presidida por Rodrigo Maia.

Seguro obrigatório virou fábrica de dinheiro fácil

O DPVAT foi criado por um sujeito esperto do ramo de seguros, bem relacionado nos governos militares. O pagamento obrigatório gerou faturamento tão espetacular que despertou cobiça e obrigou os espertos sócios do negócio a molharem a mão até do SUS, garantindo o perdão eterno. Ao ser extinto pelo presidente Jair Bolsonaro por meio da MP 904, essa fábrica de dinheiro fácil faturava R$ 9 bilhões por ano.

Livre-escolha no lixo

A lógica do DPVAT insulta a livre-iniciativa: o cliente não pode optar por uma seguradora que faça a melhor oferta pelo seguro obrigatório.

Cartório despudorado

A empresa que fatura o DPVAT é escolhida por uma Seguradora Líder. O cliente otário não tem direitos, apenas a obrigação de pagar o boleto.

Rateio do butim

Após distribuir o dinheiro tomado na marra dos donos de veículos automotores, 55 seguradoras rateiam os lucros de valores siderais.

‘Sei o que você fez...

O futuro embaixador na Croácia, Mauro Vieira, está arrolado como uma espécie de “testemunha” de puxadinhos do PT que foram ao STF contra a decisão do governo de condenar Cuba na ONU. Para a esquerda atrasada, o Brasil tem a obrigação “constitucional” de aplaudir a ditadura.

...no verão passado’

Quando Mauro Vieira, ex-chanceler de Dilma, chefiava a representação do Brasil na ONU, assessores dele se recusaram a trabalhar numa visita do então presidente Michel Temer a Nova York. Nada lhes aconteceu.

Dívida quitada

Dilma fez o Brasil passar por caloteiro em diversas organizações internacionais. Michel Temer saldou parte da dívida. Agora, Bolsonaro autorizou o chanceler Ernesto Araújo a pagar o que o Brasil devia à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Natal gordo

Parte da expectativa do governo de superar previsões de crescimento do PIB, atualmente em 0,9%, vem de pesquisas sobre os gastos no fim de ano. SPC Brasil e CNDL preveem R$ 60 bilhões apenas no Natal.

Retardatário

O deputado Henrique Fontana (RS) é daqueles que não assimilaram a soltura de Lula a mando do STF, assim como o PT na Câmara, que mantêm no Twitter pedidos de liberdade do ex-presidiário condenado.

Estratégia capitalista

O PSB realiza este mês a Conferência Nacional da Autorreforma, para “atualizar manifesto e programa partidário”. Mas já que de socialista não tem quase nada, o primeiro lançamento foi a nova logomarca.

Workshop na CNT

A Confederação Nacional do Transporte promove na sede de Brasília, até quarta (20), o Workshop Internacional sobre Iniciativas de Frete Verde, envolvendo eficiência energética, emissões, capacitação etc.

OAB, 89

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) chega envelhecida aos 89 anos nesta segunda (18). Foi criada após a Revolução de 1930, sob o primeiro governo Getúlio Vargas. Hoje vive seu momento mais medíocre.

Pergunta na delegacia

Roubar carro de deputada petista é crime ou recompensa?

PODER SEM PUDOR

Imagem ilustrativa da imagem Câmara já ‘matou’ 43 projetos contra ‘caixa dois’
| Foto: Ênio

Eu nomeio, você paga

O falecido Humberto Lucena (PB) adorava nomear parentes, quando presidiu o Senado. Ao ser tachado de “a caneta mais rápida de Brasília”, chamou o repórter que o ironizara ameaçando processo. E lorotou: “Nomear parentes só é pejorativo no Sul. No Nordeste, o povo até gosta.” O jornalista, nordestino como Lucena, mas de Pernambuco, perdeu a paciência. Puxou o senador pelo braço e disse ao seu ouvido, firme, quase gritando: “Nós dois sabemos que o sr. está mentindo, mas vou fingir que não ouvi.” Lucena não tocaria mais no assunto. Nem processaria o jornalista.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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