A poesia local com tom universal
O poeta araponguense Jean Carlo Barusso explica sua poesia e as inspirações por trás da escrita.
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 23 de julho de 2019
O poeta araponguense Jean Carlo Barusso explica sua poesia e as inspirações por trás da escrita.
Maísa Carvalho
Aos 25 anos, Jean Carlo Barusso já lançou um livro de poesias, publicado pela editora independente de Londrina, a Madreperola. ‘Viva a/à Poesia’, parece ao mesmo tempo um livro íntimo e universal, um retrato pessoal e situações completamente genéricas. Fica fácil para o leitor se identificar com as angústias e alegrias do poeta.
O jovem poeta começou a escrever em 2014, inspirado por um dos maiores nomes da poesia nacional, Vinícius de Moraes. Para Jean, o tom intimista da poesia é o que pode torna-la tão universal, “Bem, acredito que nada que está no livro seja tão particular — nem mesmo os poemas dedicados ao meu pai, pois várias pessoas já passaram pela mesma perda. O assunto de um texto literário pode ser qualquer coisa banal do cotidiano, o que tem de diferente é a forma como estão organizados os pensamentos e as palavras”.
Para Jean, a poesia começou como uma necessidade de expressão, que ele publicava nas redes sociais, e logo percebeu que poderia transformar o projeto em um livro. “Pouco menos de um ano depois, havia um número significativo de seguidores e alguns deles começarem a pedir livros meus. Foi quando percebi a oportunidade da publicação. Pesquisei sobre o assunto, recorri a amigos para ajudar no processo, e a editora Madrepérola foi importante para colocar o projeto em prática e materializar o desejo”.
As grandes inspirações do escritor são poetas, a maioria brasileiros, mas ele também destaca alguns nomes na prosa como Lourenço Mutarelli, Raduan Nassar e Machado de Assis. Segundo Jean, ele sempre foi uma pessoa que meramente gosta de ler e escrever e encontrou na poesia uma forma de expressão própria.
Para Londrina, é uma promessa para a literatura independente local, um livro produzido inteiramente na cidade e por forças que lutam para sobreviver, ‘Viva a/à Poesia’, é um livro que não passa vergonha se comparado a outros grandes livros da poesia contemporânea brasileira, é uma leitura rápida e que fica com o leitor até muito depois de fechar o livro.