Já vivemos sob o furor das emergências e calamidades e decretar uma sobre a crise hídrica, estendendo-a para todo estado, é a normalidade feita rotina. Curitiba já vive há muito tempo a da água, que faz o rodízio mais duro a partir do dia 11, e já se prepara ao enfrentamento com a da energia. São respostas possíveis, mas se torna indispensável estudo para aumentar a defesa do patrimônio hídrico, botar, enfim, a ciência nesse planejamento, dentre as quais a da defesa permanente dos nossos rios, lagos e das águas submersas (o gigantesco aquífero) e de fenômenos como o carst.

Se a pandemia é enfrentada com máscara, álcool gel e distanciamento, uma das providências iniciais é a do uso racional da água, que se adotará com o máximo rigor no Norte (Londrina, Maringá e área pioneira) beneficiado pela suspensão do rodízio. Não se dispensa pois a mediação da ciência na crise. Sem ela tudo se repetirá.

Exemplo

O Brasil, na gestão Lula, nas olimpíadas, deu aquele mau exemplo de ajudar a polícia de Cuba no caso da deserção de boxeurs cubanos. Não defendeu a liberdade dos atletas, mas cedeu seu aparato de força para servilmente e também sordidamente ficar a serviço da ditadura de Havana. Agora houve o caso da velocista bielorussa e o Comitê Olímpico Internacional agiu para evitar que a repatriação se desse como houve no Brasil.

Front

Leitos de UTI para Covid ficam vazios em pequenas cidades do país e em Cabrobó (PE), há dois meses sem mortes por Covid, reproduz o que se dá no Acre com taxa de ocupação de 20%, Paraíba 30%, Amapá 33% e Rio Grande do Norte 41%. No Brasil há queda de casos e mortes pela quinta semana consecutiva, mas temos situações contraditórias como a do Rio de Janeiro, que pela alta de casos suspendeu na capital e em 35 cidades as aulas presenciais, apesar do governo estar anunciando réveillon com treze palcos. Entre quarta e quinta houve 1.086 óbitos e mais 39.644 casos em 24 horas. Anvisa aprovou uso emergencial do medicamento Regen-Cov capaz de reduzir contágio. Do Reino Unido vem a notícia de que a vacinação completa detém metade das infecções por variante delta.

A piada

E o manjadíssimo ex-governador do Rio, Sergio Cabral, aparece na mídia dizendo que a Lava Jato achou nele um Cristo. É a moda do momento, de encarcerados e soltos falarem mal do fluxo judicial que os apanhou. Só falta agora ele, Lula e outros pedirem indenização pelos padecimentos sofridos. Quem sabe nesse momento haja reflexão em torno da nossa primeira experiência articulada de combate à impunidade e à corrupção e o mal que representa sua extinção.

Anti-ecologia

O presidente Bolsonaro não recebeu o presidente da COP-26, reunião global da ONU sobre o clima. Alok Sharma veio ao Brasil designado por Boris Johnson com status de ministro para encontros com autoridades brasileiras. A bronca ante clima e ecologia é ideológica. Por sinal que a Amazônia registrou a segunda maior devastação florestal em cinco anos.

Enxurrada

A pregação do voto impresso (derrotado na comissão parlamentar) e a guerra contra o STF e o TSE de Bolsonaro levaram o presidente da Corte, Luiz Fux, a suspender a reunião de distensão entre os três poderes. Mas Fux esteve com o Procurador Augusto Aras e houve também a intervenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, garantindo eleições legítimas em 2022.

Folclore

Na transição para o novo contrato de pedágio está assegurado por algum tempo, o que é tese de muitos, o trânsito sem tarifas. Aliás, tudo que é impossível quase sempre se confunde com o desejável.

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