A pandemia em si é um acontecimento excepcional, ainda mais por se dar em todo mundo. Ainda que patologias como essa sejam previsíveis, tal como houve o enfrentamento da ebola e a questão da Aids, são estudadas e ao mesmo tempo enfrentadas no fluir dos acontecimentos, como afinal já sinalizando a hipótese de reversão. Acontecimentos singelos como o encerramento em São Paulo do home office dos servidores públicos pautam boas perspectivas, ainda que havendo o cuidado de não afrouxar as medidas preventivas de distanciamento, uso da máscara, álcool em gel. O inimaginável é de outra natureza, posto que pudesse ser objetivamente controlado, segundo estudo recente a Amazônia estaria hoje mais emitindo gás carbônico do que o absorvendo, consequência inevitável da devastação.

Saúde

O Brasil viveu ontem duas expectativas: a saúde, moral principalmente do governo, e a do presidente Bolsonaro hospitalizado e cuja situação teria provocado a ida a Brasília do cirurgião que o operou no caso da punhalada sofrida na campanha eleitoral. A higidez do governo é testada na CPI, que ouviu Emanuele Medrades, da Precisa Medicamentos, depois da mediação do presidente do STF, Luiz Fux, interpretando quais seriam os limites do direito ao silêncio dos depoentes. Tudo fluiu normalmente e houve referência a uma tentativa de baixar custos das vacinas a menos de dez dólares por unidade. Quanto ao presidente, ele passa bem, mas se mantém hospitalizado e sofrendo de soluços contínuos.

Melhora

Além do havido no setor de serviços com alta de 1,2% e chegando ao nível pré-pandemia, tivemos um feito excepcional do agronegócio na geração de empregos e o conseguido de janeiro a maio deste ano supera o total do ano passado. O ministro Paulo Guedes, em meio à crise hídrica, comemorou o consumo de energia elétrica, que estaria bombando. E fez apelo para que agentes políticos como o presidente, membros do Judiciário e Parlamento falem menos e gerando a distensão para alinhar-se à melhora da economia. Entre os fatos do momento destaque para a sanção da MP que capitaliza e abre caminho para privatizar a Eletrobras.

MP tenso

Embora não carregue muito no retorno da lista para a indicação do Procurador da República, o Ministério Público se mostra dividido, tanto que parte de sua cúpula pede a Aras ação contra Bolsonaro por abuso de poder. E isso se dá num momento em que o ministro Alexandre de Moraes reforça ações do TSE que podem até cassar o presidente e o seu vice.

Vacina quase 100%

Cresce a adesão às vacinas, que chega a 94% da população, conforme o Datafolha. Dentre os entrevistados 56% declararam já ter tomado o imunizante e 38% que pretendem fazê-lo.

Folclore

Quando se fala em cassação subestima-se a caudal de incidentes a que está sujeita. Requião, por causa do estelionato em sua primeira eleição do Ferreirinha, foi cassado à unanimidade pelo TRE, mas a medida não prevaleceu. Grande a manchete de Cicero Catani: "O futuro de Requião a Sepúlveda Pertence".