Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, rejeitou o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes feito por Bolsonaro. Essa decisão já havia sido anunciada com argumentada antecipação. Bolsonaro não se conformou, como também havia feito com a derrota do voto impresso. Dirigindo-se sistematicamente ao seu grupo mantém essa atitude de inconformismo para sustentar clima de revolta. Além das derrotas, é investigado no inquérito das fake news. Como se não bastasse isso, há ainda a questão da economia às voltas com a inflação e seu orquestrado terrorismo. E aí se queixa de uma suposta falta de apoio dos governadores para dividir ônus.

Hipótese

Não é uma tese, mas uma hipótese, a tentativa de montar um partido baseado no centrão. Há ali uma fragmentação de interesses de difícil acomodação inclusive nos comandos regionais. A força aglutinadora do centrão tem sido puxada pela governabilidade como se viu nos dois governos petistas, o último dos quais decidiu derrubar. Esse argumento sempre deixou escancarado o provisório que a criação de um partido tentaria superar.

Dose

Um acordo entre a Pfizer e a Eurofarma visa a produção de vacina no Brasil em 2022. Talvez seja essa a razão para o intento do governo federal na terceira dose a cargo da Pfizer importada. E ai se estabelece novo confronto entre São Paulo e a União já que Doria afirmou que aplicará uma das três vacinas disponíveis (Pfizer, AstraZeneca ou Coronavac). Entre terça e quarta houve 903 óbitos e 30.671 infecções em 24 horas (Curitiba 16 mortes, 759 casos e um ativo de 7.694). Mas há uma resistência da OMS chamando o reforço de erro político, técnico e moral. Diz o diretor geral, Tedros Ghebreyesus, "no momento atual é como jogar uma segunda boia para alguns enquanto outros estão se afogando ao lado´´. Outro destaque da área é o estudo da aplicação de um remédio, a proxalutamida, contra o câncer de próstata, em pacientes de Covid-19. Bolsonaro embarcou na novidade, vista por muitos como a nova cloroquina. O Ministério Público Federal investiga o uso da droga sem autorização em Porto Alegre.

Recomendação

Mudado o regulamento da flexibilização em Curitiba: em bares, restaurantes e lanchonetes não se permitirá que clientes fiquem de pé ao lado do balcão, hábito de boa parte dos frequentadores. O pior é que tem gente da área supostamente técnica pregando o fim das máscaras, o que é combatido por epidemiologistas e infectologistas.

Água

Cada região se vira de um modo contra a crise hídrica, o Paraná é um dos mais bem articulados em seu plano de racionamento. Em Minas, o Exército cortará a distribuição de água por caminhões pipa para municípios do Vale do Jequitinhonha e do norte que configuram o semiárido. O programa de distribuição pelos militares foi criado há mais de vinte anos e chega a nove estados, além de Minas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Afrouxamento

Ainda agora, na sabatina no Senado, Augusto Aras fez pregação forte contra a Lava Jato e a suposta criminalização da atividade política. O fato é que essa linha de argumento – que tem como doutrinadores o grupo das prerrogativas- virou, por absurdo que pareça, num consenso que favoreceu a classe política desmascarada ao longo das prisões de astros da política e dos seus maiores empresários. Há uma noção de liberou geral e que está presente agora na CBF no caso do seu presidente afastado Rogério Caboclo acusado de assédio sexual e tratado até aqui com benevolência surpreendente.

Folclore

7 de Setembro vai reeditar a coalizão de direita que levou ao poder nos atos em defesa de Jair Bolsonaro. Evangélicos, caminhoneiros, ruralistas, policiais, militares, monarquistas. Objetivo comum, a reeleição do presidente e repúdio à volta da esquerda ao poder. As concentrações serão nas capitais e principais cidades do interior. O Congresso e STF cobram reforço especial na segurança para essas demonstrações.

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