Investigações no Rio indicam que as acusações contra o senador Flavio Bolsonaro se tornam cada vez mais profundas e estabelecem conexões com as milícias. Um copioso material foi obtido em operações de busca e apreensão em endereços ligados a ele e ao seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Um esquema possível das "rachadinhas" e com aparato de lavagem de dinheiro é revelado nas denúncias. Falava-se - e isso foi informe da Band - que Flavio recorreria a um habeas corpus preventivo no STF.

O fato é que a paralisia das investigações, determinada pelo presidente do STF, pode não ter sido suficiente para que o Ministério Público deixasse de continuar operando, como suspeitam advogados envolvidos na causa.

99 mil empregos

Pelo oitavo mês consecutivo, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) registra aumento significativo de vagas no mercado, agora 99 mil com carteira assinada em escala nacional. No Paraná de janeiro a outubro houve um saldo de 75 mil vagas. Como há uma sequência acredita-se que o ritmo de recuperação da economia está instalado, o que aliás levou à convicção de que haverá em 2020 um ganho de 2,5%, conforme previsão da Confederação Nacional da Indústria.

É evidente que há ainda muito desemprego e atividade informal e persistem, até por essas dificuldades, níveis elevados de dívidas das famílias. O mercado está mudando muito com o aumento de autônomos, dos que trabalham em casa e dentro do automóvel.

Não passa

Mais uma vez Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, alerta o governo que qualquer iniciativa de taxar transações bancárias, agora no plano digital, não passa naquela Casa do parlamento. Pelo jeito, porém, a obstinação do ministro Paulo Guedes em relação ao tema é determinada, mesmo sabendo da indisposição que o presidente Jair Bolsonaro revela sobre a questão.

Patrulheirismo

A ideia de fazer o controle dos professores em sala de aula pelos alunos, uma das pretensões do Ministério da Educação, é um fato corriqueiro. Uma pesquisa da associação dos professores de São Paulo, feita pelo Instituto Locomotiva e divulgada essa semana, sugere que um em cada três mestres já foi importunado ou discriminado por expor uma ideia em sala de aula. Conforme o levantamento 34% dos docentes da rede paulista foram alvo desse tipo de situação e que tende a crescer em função da postura oficial e podendo até degenerar se essas interpelações tiverem fundo ideológico e animadas por um ambiente de fanatismo. No Paraná há muita solidez em base organizacional com a App Sindicato e que adota cautelas contra possível desfiguração do ambiente acadêmico. A patologia das agressões de alunos a professores acontece como se dá também o uso do bullying por exposição de opinião.

Ambientalismo

Entre as provocações que o governo faz aquilo que é consenso uma das que mais se destaca é a voltada para o meio ambiente sob o pressuposto de buscar formas de convívio que dificultem o desenvolvimento. Discutir e até refrear possíveis abusos na política ambiental é válido. Sabe-se que uma das áreas afetadas é a das usinas de baixa queda que enfrentam dificuldades na autorização efetiva de funcionamento. O fato é que a liberação, como se dá com várias delas no Paraná, é muito demorada ao ver empresarial. O pior, porém, é o exercício da corrupção em órgãos ambientais em cima dessas pendências, o que tem ocorrido com alguma frequência.

Folclore

O bedel é sempre uma vítima dos alunos, notadamente quando se revelam muito próximos da estudantada. No Ginásio Paranaense (hoje Colégio Estadual do Paraná) havia o Mondrone que um dia foi mimoseado com versos provocativos nas paredes do sanitário. "De madrugada// de longe eu ví// o Mondrone de cueca// caçando benteví". Essa pelo menos amável ao contrário da dirigida ao professor Zavadiski, de latim, chamado de Zé Vaca em pichações nos muros do entorno da escola. Uma poética, outra maldosa.