O governo estadual decidiu retomar as aulas presenciais a partir de segunda próxima (10). A APP, como sempre, contesta e admite o retorno se houver vacinação de professores e também dos funcionários e ameaça greve. Retomaremos o ritual de sempre. Como nem todos os pais aceitam a aula presencial, haverá um sentido voluntário e respeitando o caráter da ação de forma gradual e escalonada. Desde a questão do recadastramento de sindicatos e associações para efeito do desconto em folha ficou claro que o poder público se vale dessa hipótese como fator intimidativo, por sinal que já referido anos passados, uma ameaça que pode obrigar a APP a ter que organizar-se para uma tarefa que recebe de mão beijada como todas as demais entidades representativas dos servidores.

Até hoje, nos vários conflitos nem se descontaram os dias parados, até pela complexidade de fazê-lo em meio aos tumultos e uma ruptura como a sugerida acabaria inclusive judicializada com algo que é praxe ao longo dos anos. O próprio Judiciário se vale dos descontos e no momento vive em contenda com a Paranaprevidência que informou a exaustão de recursos para o pagamento da aposentadoria dos serventuários da Justiça em abril.

Auxílio

O auxílio emergencial, desidratado e liofilizado nos seus valores, não terá o impacto do havido no ano anterior beneficiando um quarto da população e um ingresso de R$ 13,7 bi no mercado regional e se consumará em efeitos sociais limitadíssimos, mesmo que se prorroguem as parcelas. A situação não é boa, como já referiu Ratinho Junior admitindo um furo de R$ 4 bi no orçamento, embora o congelamento de salários e cortes de gastos.

Sem chuvas

Teremos a continuidade da emergência hídrica na Grande Curitiba se o ciclo atual não chegar ao fim. Reservatórios não garantem a volta da normalidade ao abastecimento e daí o jeito é manter o racionamento.

Metade

O deputado Gustavo Fruet em pedido de informações ao Ministério da Saúde recebeu a notícia de que o governo aplicará 280 milhões de doses de vacinas e não aquilo que botou em seus institucionais, num caso de propaganda enganosa, que chegaria a 560 milhões. Como se vê não bastam as revelações da CPI para onerar a imagem ministerial.

Resistente

Na CPI, e isso gera tumulto, houve ontem (5) um suplente que fez uma defesa da croloxina e tentou emparedar o ex-ministro Nelson Teich. Bolsonaro se recusa a vacinar-se, o que era esperado numa nova estratégia para fortalecer a ação de Marcelo Queiroga.

Folclore

Pelo jeito o Ministério da Infraestrutura tem um modelo para o pedágio, em aberto conflito com a tese dominante a respeito do tema aqui na província. Vai ser preciso muito empenho na área técnica para convencer os burocratas federais animados com os resultados dos leilões de aeroportos, de portos e linhas férreas.