Inovação é algo muito rápido, volátil, tamanha a rapidez nas mudanças, sobretudo no que diz respeito à tecnologia da informação e da comunicação.

Imagem ilustrativa da imagem Inovação no setor público: Programa de Residência Técnica
| Foto: Sandra Mara de Andrade/Divulgação

Acompanhar esse ritmo não é nada fácil, sobretudo para o setor público, que precisa ser o grande articulador dos ecossistemas de inovação e ainda buscar a inovação internamente.

Conversei com a coordenadora Administrativa do Curso de Especialização em Gestão de Ambientes Promotores de Inovação – GAPI – Residência Técnica, a professora Sandra Mara de Andrade, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A professora explicou-me que o curso de especialização busca formar gestores e lideranças para atuarem em ambientes de inovação pelo Paraná.

Além de capacitarem profissionais que desejam envolver-se com ecossistemas de inovação, a proposta tem outros dois tipos de públicos: servidores do Estado do Paraná e egressos de cursos superiores nas mais variadas áreas que atuarão como residentes. Estes profissionais terão um papel fundamental: apoiar atividades técnicas em ambientes promotores de inovação, como incubadoras e parques tecnológicos vinculados a instituições públicas.

A partir de diversas áreas, como Administração, Ciências Contábeis e Direito, egressos com até 3 anos de formado poderão auxiliar no atendimento das mais variadas demandas, seja da gestão do próprio ambiente de inovação, seja das startups residentes. Com isso, espera-se contribuir de forma efetiva no desenvolvimento de propostas inovadoras, fortalecendo o ecossistema paranaense. Ademais, a professora Sandra explica que todos os alunos da especialização terão a atribuição de realizar um Plano de Gestão de Ambientes de Inovação como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Por experiência própria e pelas minhas pesquisas empíricas, posso assegurar que a presença dos residentes e a realização de uma pós-graduação focada em ambientes de inovação para servidores e profissionais externos deve fazer muita diferença. Quando tive a oportunidade de vivenciar o trabalho realizado em instituições como o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) da Universidade de São Paulo (USP), no doutorado e no pós-doutorado, constatei que um dos grandes diferenciais daqueles ambientes era o elevado conhecimento técnico dos gestores, tais como o ex-diretor-executivo Sérgio Risola.

Nunca podemos nos esquecer que inovação é feita por pessoas para pessoas. Também é salutar lembrar que ambientes propícios têm uma força enorme para a inovação dar certo. Juntando pessoas motivadas e competentes com locais propícios ao surgimento de novas propostas, as chances de sucesso aumentam muito.

Dessa forma, certamente a inovação deve chegar mais rápido ao setor público, que não só precisa de mudança como também quer fomentar novos rumos em nosso ecossistema, assunto da nossa próxima coluna ;)

Serviço

Curso de Especialização em Gestão de Ambientes Promotores de Inovação – GAPI – Residência Técnica Inscrições: https://evento.unicentro.br/site/gapi/2021/1

Período de inscrições: Até 2 de Janeiro de 2022

*Lucas V. de Araujo: PhD e pós-doutorando em Comunicação e Inovação (USP). Professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), parecerista internacional e mentor Founder Institute. Autor de “Inovação em Comunicação no Brasil”, pioneiro na área.

A opinião do colunista não representa, necessariamente, a da Folha de Londrina