Entrevista com o deputado estadual Tercílio Turini
Parlamentar de Londrina destaca ações e projetos para fortalecer universidade e trata também do ecossistema de inovação
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 09 de junho de 2025
Parlamentar de Londrina destaca ações e projetos para fortalecer universidade e trata também do ecossistema de inovação
Lucas V. Araújo

1. Quais ações e projetos o senhor realizou neste mandato na Assembleia Legislativa do Paraná voltados ao fomento da inovação e do empreendedorismo?
Levei para a Assembleia Legislativa, logo no primeiro mandato em 2013, a visão estratégica de defender e valorizar as nossas universidades estaduais - UEL, UEM, UEPG, UNIOESTE, UNESPAR, UNICENTRO e UENP. As universidades estaduais são alavancas de desenvolvimento socioeconômico, serviços à comunidade e capacitação de pessoas que vão pensar, fazer e transformar. Liderei a criação da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Estaduais do Paraná, num momento de risco às instituições. Também sempre trabalhei pelo fortalecimento do Iapar, hoje IDR, pela relevância na produção de inovação e na expansão da agropecuária paranaense. Reuni forças com outros deputados para preservar o ensino superior de qualidade e a pesquisa, garantindo nossas instituições públicas como centros de inteligência e ambientes de inovação e empreendedorismo.
2. Londrina tem um bom ecossistema de inovação, porém o mesmo não ocorre nas cidades da região com menor população. O que o senhor procurou fazer para que os municípios do Norte do Paraná tenham um ambiente mais propício ao desenvolvimento de inovação?
Trabalhei com entidades e outros deputados pela aprovação da lei do ICMS Tecnológico para Londrina, assegurando incentivos e ampliando as possibilidades de novos empreendimentos e captação de empresas no setor de TI. O ecossistema competitivo fortalece toda região. Uma cidade maior que oferece oportunidades de formação de talentos e colocação profissional também consegue estimular os demais municípios de sua abrangência a fomentar a criatividade e a inovação. No momento, por exemplo, o município de Sapopema está no foco para receber uma grande multinacional de fertilizantes, que certamente vai exigir estrutura. Como aconteceu em Ortigueira na instalação da unidade Puma da Klabin. A inovação requer logística também: Londrina patina há décadas sem rodovias duplicadas até Curitiba, Porto de Paranaguá e estado de São Paulo. A duplicação de rodovias e a construção dos Contornos Norte e Leste de Londrina são iniciativas de fomento à inovação porque resultam em atração de indústrias, na chegada de matriz tecnológica e no impulso a atividades sustentáveis.
3. A inovação, de forma geral, ainda é vista como algo caro, distante da população. Algo que só acontece nas universidades, nas grandes empresas e com pessoas mais abastadas. O que é possível fazer para que a inovação chegue em todos os estratos da sociedade?
Sou médico, fui professor de Medicina da UEL e diretor do HU por mais de 30 anos. A ciência, a tecnologia e o acesso aos serviços de saúde salvam vidas. Lembro das primeiras UTIs instaladas no HU, no início dos anos 1980, e o avanço que representaram na rede de saúde regional. Participei da criação do SUS que abriu as oportunidades de acolhida da população, e hoje é modelo. Foi uma grande conquista social do Brasil. O SUS inovou ao oferecer atendimento de saúde a todos. A inovação não está apenas na máquina, vem das pessoas.
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A opinião do colunista não é, necessariamente, a opinião da Folha de Londrina

