A Copa já começou e com ela uma série de expectativas entre os brasileiros. O Brasil estreia na próxima quinta-feira, mas a esperança pelo hexa campeonato já está presente nas ruas, nas residências e no ambiente de trabalho.

Pela grande mobilização de uma Copa, muitas organizações se envolvem nesse processo para dar um incentivo ainda maior. Uma delas é a Cresol, que lançou a campanha “Vem junto torcer”. O objetivo é reforçar a ideia de que o futebol é uma paixão nacional e que um evento como a Copa do Mundo exerce uma influência muito grande em diversos setores, inclusive na economia.

Ao contrário do que se possa imaginar, não é apenas a economia do país anfitrião dos jogos que ganha. Projeções da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas estimam um acréscimo de aproximadamente R$ 20 bilhões na economia brasileira neste período da competição.

Dentre as razões está o aumento no consumo de alimentos e bebidas, itens de decoração, além de bens duráveis, sendo o principal aparelhos televisores. Isso sem contar combustíveis e outros serviços atreladas à festa.

A campanha “Vem junto torcer” da Cresol é considerada a segunda versão da campanha “Drible”, que foi lançada pela Cresol no início deste ano para destacar os muitos aspectos em comum entre os setores esportivo e financeiro. Nesta nova campanha a proposta é mostrar que independente da forma como as pessoas torcem pela seleção brasileira, todos têm o mesmo objetivo.

Da mesma maneira, a Cresol busca apoiar os diferentes perfis de brasileiros sendo o ponto em comum entre o campo e a cidade, entre o Sul e outras regiões, entre o pequeno e o grande empresário ou ainda quem mora no campo ou na cidade. Todas eles representam peças igualmente importantes do nosso país.

Imagem ilustrativa da imagem Copa do Mundo e inovação: momento de testar novas ideias
| Foto: Cresol/ Divulgação

Essa diversidade de perfis torcendo pelo sucesso da seleção brasileira me faz refletir em como pode ser positiva essa mesma energia para o desenvolvimento de inovação. Não me refiro apenas às novas propostas para o esporte, mas também ao ambiente empresarial. O quanto poderíamos progredir se nos uníssemos para o novo e a mudança.

Importante lembrar que as melhores metodologias para estimular a criatividade baseiam-se na junção de pessoas em torno de um propósito em comum. O Design Thinking, uma das técnicas mais usadas em todo o mundo, pode ser descrito como conjunto de princípios que podem ser aplicados por diversas pessoas a uma ampla variedade de problemas. Nele, as pessoas usam da liberdade de ideias e pontos de vista para cocriar em conjunto ao longo do caminho.

Sim, o Design Thinking não acredita em manuais de inovação, mas em um continuum, que pode ser entendido como uma sequência de passos ordenados.

O primeiro é a inspiração, quando buscamos soluções a partir de dado problema. O segundo é a ideação, processo de gerar ideias. O terceiro e último é a implementação, levar a proposta ao mercado e testá-la.

Que a Copa do Mundo seja também um momento de por em prática novos métodos de ideação e inovação

Lucas V. de Araujo: PhD e pós-doutor em Comunicação e Inovação (USP). Professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), parecerista internacional e mentor Founder Institute. Autor de “Inovação em Comunicação no Brasil”, pioneiro na área.