Copa do Mundo e inovação: momento de testar novas ideias
Pela grande mobilização de uma Copa, muitas organizações se envolvem nesse processo para dar um incentivo ainda maior
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segunda-feira, 21 de novembro de 2022
Pela grande mobilização de uma Copa, muitas organizações se envolvem nesse processo para dar um incentivo ainda maior
Lucas V. de Araujo
A Copa já começou e com ela uma série de expectativas entre os brasileiros. O Brasil estreia na próxima quinta-feira, mas a esperança pelo hexa campeonato já está presente nas ruas, nas residências e no ambiente de trabalho.
Pela grande mobilização de uma Copa, muitas organizações se envolvem nesse processo para dar um incentivo ainda maior. Uma delas é a Cresol, que lançou a campanha “Vem junto torcer”. O objetivo é reforçar a ideia de que o futebol é uma paixão nacional e que um evento como a Copa do Mundo exerce uma influência muito grande em diversos setores, inclusive na economia.
Ao contrário do que se possa imaginar, não é apenas a economia do país anfitrião dos jogos que ganha. Projeções da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas estimam um acréscimo de aproximadamente R$ 20 bilhões na economia brasileira neste período da competição.
Dentre as razões está o aumento no consumo de alimentos e bebidas, itens de decoração, além de bens duráveis, sendo o principal aparelhos televisores. Isso sem contar combustíveis e outros serviços atreladas à festa.
A campanha “Vem junto torcer” da Cresol é considerada a segunda versão da campanha “Drible”, que foi lançada pela Cresol no início deste ano para destacar os muitos aspectos em comum entre os setores esportivo e financeiro. Nesta nova campanha a proposta é mostrar que independente da forma como as pessoas torcem pela seleção brasileira, todos têm o mesmo objetivo.
Da mesma maneira, a Cresol busca apoiar os diferentes perfis de brasileiros sendo o ponto em comum entre o campo e a cidade, entre o Sul e outras regiões, entre o pequeno e o grande empresário ou ainda quem mora no campo ou na cidade. Todas eles representam peças igualmente importantes do nosso país.
Essa diversidade de perfis torcendo pelo sucesso da seleção brasileira me faz refletir em como pode ser positiva essa mesma energia para o desenvolvimento de inovação. Não me refiro apenas às novas propostas para o esporte, mas também ao ambiente empresarial. O quanto poderíamos progredir se nos uníssemos para o novo e a mudança.
Importante lembrar que as melhores metodologias para estimular a criatividade baseiam-se na junção de pessoas em torno de um propósito em comum. O Design Thinking, uma das técnicas mais usadas em todo o mundo, pode ser descrito como conjunto de princípios que podem ser aplicados por diversas pessoas a uma ampla variedade de problemas. Nele, as pessoas usam da liberdade de ideias e pontos de vista para cocriar em conjunto ao longo do caminho.
Sim, o Design Thinking não acredita em manuais de inovação, mas em um continuum, que pode ser entendido como uma sequência de passos ordenados.
O primeiro é a inspiração, quando buscamos soluções a partir de dado problema. O segundo é a ideação, processo de gerar ideias. O terceiro e último é a implementação, levar a proposta ao mercado e testá-la.
Que a Copa do Mundo seja também um momento de por em prática novos métodos de ideação e inovação
Lucas V. de Araujo: PhD e pós-doutor em Comunicação e Inovação (USP). Professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), parecerista internacional e mentor Founder Institute. Autor de “Inovação em Comunicação no Brasil”, pioneiro na área.