O mundo vive uma enorme transformação. Somos 7,5 bilhões de habitantes
espalhados pelas nações formando um mosaico de culturas, desejos, modo de
vida e diversidade. Mistura miscigenada que se aglomera e se identifica através de um único instrumento: a tecnologia. Diante de um notebook, tablete ou celular, estes bilhões de seres humanos se postam diariamente e constroem um novo modelo civilizatório. Que perpassa, transversalmente, o "modus operandi" do "homus sapiens", subordinado a estas novas práticas.

Assim, bilhões de informações nos chegam na percepção de que este mundo exponencial tomará rumos cada vez mais abrangentes e desconhecidos, colocando à prova valores construídos há milênios pela humanidade.

O uso da tecnologia dispara novas atitudes. Expõe as pessoas e dá margem à
troca imediata de informações e de conhecimento. Compartilhamento e ações colaborativas estreitam as relações entre as pessoas.

Quando absorvemos estes fatos, naturalmente o colocamos nas transformações
políticas evidenciadas no mundo ao longo dos últimos anos. Estas plataformas digitais proporcionam uma ferramenta importantíssima de mobilização de grupos específicos, chamados então de coletivos.

Vários chamamentos e posicionamentos foram obtidos à luz desta ativação,
gerando manifestos grupais na esfera política. Em vários países isto ocorreu com força de transformação de cenários tão rápidos que poucos poderiam prever.

Aqui no Brasil, fatos políticos reais levaram a estas mobilizações coletivas
transformatórias. Da "passeata pela catraca livre", até a destituição da presidente, multidões foram às ruas instadas pela ação digital.

Além disso, os fatos contundentes da má versação do dinheiro público com as
práticas de corrupção sistêmica deram o tom necessário para a mobilização
coletiva, por conta da indignação de toda a sociedade.

Estamos, portanto, diante de fatos no nosso país que nos levam a perceber
que precisamos tomar um posicionamento claro. A disrupção do modelo político. O rompimento tem que ser feito à luz de novas práticas, com ética e
transparência da gestão pública, colaborando para o impacto que provoca no
mercado e na cultura brasileira.

A começar pela sociedade. Provocada neste momento eleitoral, com uma
exponencial percepção das informações políticas, cabe à mesma sociedade
construir uma nova habilidade: o exercício da cidadania. Assim, acompanhar a gestão do Executivo e do Legislativo é condição "sine qua non" para obtermos resultados adequados e que revelam o valor das boas práticas políticas para o conjunto da sociedade.

Contudo, temos muito mais a fazer. Darmos um basta a questões vulneráveis e
flagrantes e que devem trazer melhorias, tais como: escolha dos cargos do Executivo (ministros e secretários) a serem ocupados por profissionais capacitados e com curriculum reconhecido; candidatos a deputados e senadores eleitos deverão cumprir o mandato e não aceitarem cargos executivos; fim da indicação política para conselheiros dos Tribunais de Conta da União, dos Estados e dos Municípios; transparência absoluta e criação de indicadores de desempenho para as atividades do Legislativo e do Executivo, de modo que a sociedade possa acompanhar o desenrolar dos mandatos e da gestão; uso da tecnologia em benefício da melhoria das relações sociais.

Precisa mais? É claro que sim! No entanto, vamos pelo que é possível e rápido.
O Brasil não suportará mais 4 anos de inércia. Temos que lutar e fazer reformas importantíssimas (Política, Tributária e Previdenciária), e nos dispormos a atuar em todos os fragmentos da sociedade como nunca fizemos.

Trabalho constante por uma disrupção progressiva mas com resultados
eficazes. Aí sim, poderemos olhar as próximas gerações com mais percepção e nos
mobilizarmos, coletivamente, à mudança pró positiva do nosso Brasil. E, com certeza, por estas atitudes, os herdeiros do futuro agradecerão!

LÍVIO GIOSA, presidente executivo da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil)

■ Os ar­ti­gos de­vem con­ter da­dos do au­tor e ter no má­xi­mo 3.800 ca­rac­te­res e no mí­ni­mo 1.500 ca­rac­te­res.
Os ar­ti­gos pu­bli­ca­dos não re­fle­tem ne­ces­sa­ria­men­te a opi­nião do jor­nal. E-­mail: opi­niao@fo­lha­de­lon­dri­na.com.br