O Londrina tratou de providenciar a previsível demissão do Gallo depois de mais uma pavorosa atuação fora de casa pela Série B. Não se trata de responsabilizá-lo sozinho, mas é difícil conceber derrota com um jogador a mais em campo, ainda mais sem oferecer um mínimo de atitude, como aconteceu no jogo diante do Atlético-GO. No caso do Gallo, pelo que soube, pesou também o fato de ele ter "perdido o vestiário", ou seja, os jogadores estavam insatisfeitos com o trabalho.

Imagem ilustrativa da imagem Ovelha negra
| Foto: Filipe Barbosa/Londrina EC

Trocar o treinador é até questão menor. Se não há convicção na relação time/técnico, o melhor é que se termine com ela o quanto antes. A resposta que a gestão de futebol tem que perseguir como a um faminto por um prato de comida é: qual o propósito do Londrina nesta Série B? Brigar pelo acesso, como aconteceu no ano passado - fato surpreendente dados todos os problemas financeiros que marcaram a campanha -, ou evitar o rebaixamento? Antes de o campeonato começar, perguntei ao Gallo até que ponto, sob a ótica de quem sabe o elenco que tem em mãos, era bom ou ruim o fato de o gestor voltar a prometer à torcida que o Londrina subiria para a Série A neste ano. Ele respondeu que o planejamento em relação à montagem do time realmente foi voltado na busca pelo acesso.

Se hoje, passadas cinco rodadas, o Londrina ocupa a zona do rebaixamento, com apenas uma vitória e um empate em casa e três derrotas fora, das duas, uma: ou o trabalho técnico/tático está aquém do desejado, e aí se justifica a mudança no comando, ou a gestão iludiu o torcedor com um time incapaz de entregar o que se prometeu. Há muita bola a rolar ainda, e o LEC não é o único a bater cabeça neste começo de jornada, haja vista que quase metade dos clubes já trocou seus técnicos. O que o time precisa é, repito, definir o seu propósito, e para isso ajuda muito saber primeiro que time é.

caso sério

O escândalo das manipulações de resultados na Série A do Brasileiro do ano passado e em alguns estaduais deste ano só vai servir para alguma coisa, se, além, claro, de uma severa punição aos envolvidos, mudar a forma de fiscalizar os métodos das apostas no futebol. Ainda mais se, conforme o próprio Ministério Público de Goiás informou, os sites de apostas e os clubes dos jogadores denunciados são por ora inocentes. Agora, o que mais revolta é ver atleta que ganha mais de R$ 100 mil se vender desse jeito. Há quem veja nisso tudo motivos para largar mão do futebol.

MANIA DE VOCÊ

O título e os subtítulos da coluna são uma singela homenagem à maior compositora de rock/pop da MPB. A que não queria gorjeta porque fazia tudo por amor. A doce transgressora já é lenda. Imagino a recepção que Erasmo, Elis e Gal devem ter feito a Rita Lee lá em cima. Boa semana.