Resiliência: a capacidade do indivíduo de lidar com situações adversas. No popular, se adaptar na hora em que a chapa esquenta. Na vida, amigos, isso acontece toda hora, basta dar uma olhada para os pepinos que a gente enfrenta no nosso dia a dia. O mais normal na coluna de hoje - com a queda do técnico Mazola - era tratar de como, mais uma vez esse ano, um treinador não conseguiu fazer o time do Londrina jogar e como estamos com a água no pescoço, a meio passo do Z4. Sinceramente, quando analiso tecnicamente o Tubarão, acredito que o time é um dos quatro piores da Série B em 2019. Para mim, isso é indiscutível.

Mas o futebol não é só uma prancheta que você analisa as qualidades técnicas de cada jogador. Isso é Football Manager, aquele game bem divertido em que se gerencia um clube de futebol, mas que não consegue avaliar o subjetivo, o improvável do esporte.

Neste momento, o improvável se chama resiliência. O elenco do Londrina está em cacos - derrota atrás de derrota há quatro jogos - enquanto o Figueirense, primeiro do Z4, não perde justamente há quatro partidas. É neste momento, quando parece que tudo já foi para o buraco, que vem aquela força para suportar a pressão e superar os obstáculos.

A força do elenco talvez não venha "do além" - afinal, não deve ser fácil jogar numa situação dessas e depois de ter sido chamado de “porcaria” pelo gestor -, mas ela pode vir de um cara que está vencendo com o Tuba neste ano. Sim, existe alguém vencendo com o Londrina.

Silvinho chega do Sub-19 após fazer 29 jogos com a molecada. O aproveitamento é de quase 80%, sendo que o time foi super bem na Copa São Paulo deste ano e ainda meteu dois a zero no Coxa neste final de semana no primeiro jogo da final do Paranaense da categoria, lá em Curitiba.

Só um cara que está vencendo neste momento - mesmo que não tenha experiência em meio aos profissionais - pode trazer um sentimento diferente para quem está de cabeça baixa, no fundo do poço. São as palavras dele, o encorajamento e, claro - um mínimo de organização num time tão pobre -, que pode fazer com que enfrentemos Criciúma, Botafogo-SP, São Bento e Guarani de uma forma diferente.

Com resiliência, na vida conseguimos novos recomeços, sempre. Que nos últimos 360 minutos de futebol do Tuba em 2019, seja possível se superar e se reinventar quando a bola rolar.