Brasília, sábado, 23 de fevereiro de 2019


Cláudio Humberto



"Maduro não é tão louco"
General Hamilton Mourão, vice-presidente, sobre a hipótese de agressão venezuelana

STF cede a manobra e 'revê' prisão em 2ª instância
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar outra vez em 10 de abril a prisão após condenação em segunda instância. O STF cede a manobra que objetiva abrir uma chance de soltura do ex-presidente Lula, condenado a 12 anos 1 um mês por corrupção e lavagem de dinheiro. O novo julgamento foi definido pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que no exame anterior esteve entre os votos vencidos.

Voto dado como certo
A expectativa entre ministros do STF é que a ministra Rosa Weber vai mudar o voto e ficar contra a prisão em segunda instância.

Provável empate
Se Rosa Weber mudar mesmo de ideia e os demais ministros mantiverem a coerência, haverá empate de 5x5 votos.

Desempate, eis a questão
Em caso de empate, o presidente do STF poderá votar para desempatar. Por isso, tudo depende da posição de Dias Toffoli.

Barbas de molho
Toffoli foi quem ordenou a soltura do ex-ministro José Dirceu, que cumpria pena após condenação em segunda instância...

Onyx (e não Cruz) define campanha publicitária
O ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz (Governo) manda na área de comunicação social do governo, mas para Luiz Mandetta (Saúde) o "cara" é Onyx Lorenzoni. Foi o ministro da Casa Civil quem bateu o martelo da tradicional campanha contra aids que Ministério da Saúde costuma fazer nesta época do ano. Não há informação oficial sobre a transferência da área de Comunicação (Secom) para a Casa Civil.

Chefe é chefe
Deputado federal pelo DEM-MS, Luiz Henrique Mandetta é correligionário do ministro Lorenzoni e foi indicado por ele para o cargo.

É carnaval
O Ministério da Saúde reservou R$12 milhões para o lançamento da campanha de carnaval sobre os riscos do vírus HIV.

O nome dela é Jennifer
Onyx Lorenzoni gostou da campanha que utiliza como tema a divertida música "O nome dela é Jennifer", que deve ser o hit do carnaval.

Casos de polícia
Em qualquer país, chefe de partido acusado por corrupção renuncia ao cargo, outros se afastam até a conclusão das investigações. Em alguns casos, fazem haraquiri. No Brasil, Gleisi Hoffmann (PT) faz pose de quem sempre foi santa e Ciro Nogueira (PP) finge que não é com ele.

Tirano assassino
A ditadura de Nicolás Maduro não hesitou em abrir fogo contra seu próprio povo faminto e inconformado com os rumos de um país que, rico em petróleo, sofre crise de abastecimento até de gasolina.

De primeira grandeza
O ministro Sérgio Moro (Justiça) mora na mesma quadra que outras ilustres figuras de Brasília: o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, e o ex-Advogado Geral da União Luís Inácio Adams.

Pregando no deserto
O deputado Ruy Carneiro (PSDB-PB) deve ter a sensação de pregar no deserto. É dele o projeto que acaba com a concessão de "auxílio-mudança" para os deputados que saem, para os que entram e até para aqueles que foram reeleitos. O dinheiro fácil totaliza R$33,7 mil.

Lobby contra Solange
A economista Solange Paiva Vieira é nome forte para a Susep, xerife do setor de seguros, mas as seguradoras tentam "alertar" o ministro Paulo Guedes (Economia) contra o risco de "excesso regulatório".

Lorota de demitido
Gustavo Bebianno disse ontem que "está superado" o episódio da sua demissão do governo Bolsonaro. Mas continua dando entrevistas e vazando mensagens do presidente para manter o assunto vivo.

Ano começa após o carnaval
Há coisas na Câmara que nem a força de um novo governo muda. Só a Comissão de Constituição e Justiça será instalada esta semana, em razão da reforma da Previdência. As demais, só depois do Carnaval.

Substituição de bandeira
A Força Aérea coordena neste domingo (24) a substituição do bandeirão na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A bonita solenidade será às 10h, com direito a banda e quatro grupamentos da FAB.

Pensando bem...
...políticos do PT e do PSOL que defendem o ditador da Venezuela não são solidários, são cúmplices.

PODER SEM PUDOR
Conversa oblíqua
Afonso Arinos era chanceler de Jânio Quadros, em 1961, quando avisou que estava de saída, a um jornalista que o entrevistava. Ia a um despacho com o presidente. O repórter pediu carona e acabou na antessala de Jânio. No despacho, Arinos relatou o que se passava e o presidente mandou chamar o repórter, que - claro - tinha perguntas a fazer. Jânio condicionou:
- Fê-las por escrito?
- Fi-las, presidente - respondeu, estendendo-lhe o papel.
- Formas oblíquas! - observou Jânio - Aprecia-as?
- Aprecio-as, presidente...
Afonso Arinos percebeu que uma longa conversa se iniciara e foi embora.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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