PGR espera há 17 meses anular delação da JBS
PUBLICAÇÃO
domingo, 24 de fevereiro de 2019
Cláudio Humberto
"Claro, claro, claro... no 1º semestre"
Ministro Paulo Guedes (Economia) confiante na aprovação da reforma da Previdência
PGR espera há 17 meses anular delação da JBS
A Lava Jato está intrigada com a demora do ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), para decidir sobre o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), há 17 meses, em setembro de 2017, para anular o acordo de delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista e do lobista do grupo J&F/JBS, Ricardo Saud. O pedido da PGR, formulado por Rodrigo Janot e endossado por Raquel Dodge, prevê a preservação das provas recolhidas com o acordo.
Omissão e má-fé
A PGR pediu a anulação alegando omissão de informações e má-fé, mas até hoje o STF mantém os benefícios do acordo à gangue.
Coleta de provas
Em junho de 2018, o ministro Fachin abriu prazo de coleta de provas para em seguida submeter o caso ao plenário.
Prazo sem fim
Questionada, a assessoria do STF explicou que a "fase de coleta de provas e depoimentos está em curso", sem indicar prazo.
Infiltração criminosa
A descoberta deixou constrangida a PGR: o procurador Marcelo Miller teria sido cooptado pela gangue, na época da negociação do acordo.
Brasil é um problema para Opep, cartel do petróleo
A entrada em operação dos novos navios-plataforma da Petrobras P-67 e P-76, que aumentarão a produção brasileira em 300 mil barris/dia, criou um problema para o cartel denominado Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que por muito tempo ditou as regras do mercado. É que o Brasil se tornou um dos maiores produtores do mundo, maior que Kuwait, por exemplo, mas não se submete a Opep.
Mesmo nível
Além de ultrapassar o Kuwait, com 3,4 milhões de barris/dia em 2018, o Brasil se aproxima do Irã, um dos maiores produtores do planeta.
Preocupação tem nome
A operação da P-67 atrasou meses, em 2018, e a Opep contava com isso. Mas, desde a eleição, o cronograma é seguido à risca.
Mudança de patamar
Com o início da operação das novas instalações até 2023, o Brasil será o 4º maior produtor, atrás apenas de EUA, Arábia Saudita e Rússia.
Matou, tem que pagar
Deveria ser cobrado da Vale e dos seus diretores os prejuízos e as despesas do município de Brumadinho, do governo de Minas, dos Bombeiros, da Polícia Militar, da FAB, do Exército e dos Estados que ajudaram nas buscas, após a tragédia do rompimento da barragem.
Ao menos isso
O Tribunal de Justiça de Minas mandou que R$13 milhões bloqueados nas contas da Vale sejam usados para o ressarcimento de gastos do Estado com a tragédia. Mas as despesas são muito maiores que isso.
Que vergonha
Só PT e Psol defendem a ditadura que submete sua população à fome e atira em civis desarmados. Esses bobalhões deveriam viver lá, sob o regime criminoso de Nicolás Maduro que tanto admiram.
Dica preciosa
Em evento na Abrace, de Consumidores Industriais de Energia, o consultor Paulo Kramer deu a dica para lidar com o governo: "Serão bem recebidas sugestões para aumentar a competitividade do setor privado, mas se quiserem pedir novos subsídios ou a manutenção dos velhos, nem percam a viagem a Brasília."
Ano difícil
Sucesso no Twitter, Guilherme Fiuza (@GFiuza_Oficial) lamentou um detalhe nos estertores da ditadura venezuelana: "Maduro fechou a fronteira com Gleisi do lado de cá. Êta ano difícil"
Contrato anulado
A estatal Infraero, em vias de extinção, anulou o contrato da operação do terminal de cargas do aeroporto de Manaus. A empresa vencedora, Ponta Negra, é de Sérgio Bringel, preso na operação Cashback, que investiga desvio de dinheiro público da saúde do Amazonas.
Agridoce
A Petrobras comemorou o aumento na "nota stand-alone" de crédito da empresa estatal. A agência de risco Standard & Poor's passou a nota da Petrobras de BB- para BB. Mas o rating da empresa ainda é baixo.
Recorde de 25 anos
Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em fevereiro de 0,34%, este ano, é a menor variação do índice desde a criação do Real em 1994. É o segundo mês do governo.
Pensando bem...
... fechar o espaço aéreo da Venezuela não ajuda o país e atrapalha os vizinhos.
PODER SEM PUDOR
Luta inglória
Convidado à posse da diretoria da Associação Brasileira de Jornais do Interior, em 1997, o senador Pedro Simon discursou elogiando os pequenos jornais e a luta inglória pela sobrevivência quando citou a Bíblia:
- É uma luta desigual! É como, na Bíblia, a luta do gigante Golias contra o pequeno José...
O lapso de tempo e o erro de personagens foi cochichado ao seu ouvido. Simon emendou:
- ...mas que foi injusta, ela foi!
O riso estourou na plateia.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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